Atitude Popular

67% dos brasileiros associam Lula à defesa da soberania

Da Redação

Pesquisa aponta que o “tarifaço” de 50% imposto pelos EUA mobilizou internautas brasileiros: 74% das menções foram apartidárias, com 67% vinculando Lula à defesa dos interesses nacionais.

A decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros provocou uma onda de reações nas redes sociais do Brasil, com análise revelando que 74% das postagens tiveram um caráter apartidário e expressaram apoio ao país em detrimento da postura americana. A hashtag “taxa-do-taxaço” viralizou em diversas plataformas, transformando um tema complexo de política externa em debate cotidiano.

Segundo o levantamento da empresa de análise de mídias Ponto Map, 67% das menções nas redes associaram diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à defesa da soberania nacional, destacando uma percepção consolidada de que o Brasil estaria sob ataque externo. A narrativa difundida é de resistência e orgulho nacional, reforçando a imagem do governo como agente de defesa dos interesses brasileiros.

Além disso, no episódio das sanções ao ministro Alexandre de Moraes, 83% das postagens elogiaram a atuação do magistrado, mesmo entre usuários apartidários. A estratégia de comunicação do governo, que promoveu a recusa de interferência externa enquanto anunciava medidas de reciprocidade comercial, foi percebida como eficaz na consolidação de apoio popular.

No entanto, surgiram alertas sobre os efeitos econômicos: especialistas estimam que a tarifa pode elevar preços de insumos e medicamentos importados em até 30%. Embora o tom nacionalista tenha gerado grande adesão, o debate também revelou apreensão com as consequências imediatas para a economia doméstica, especialmente entre consumidores e setores produtivos que dependem de insumos importados.

O comportamento nas redes sugere um padrão típico de temas de grande impacto coletivo: a adesão massiva inicial cede espaço se não houver novos desdobramentos ou negociação visível entre os países. A intensificação da discussão depende agora de posicionamentos oficiais do governo brasileiro e de possíveis respostas diplomáticas.