Da Redação
O governo sul‑africano afirma que a cúpula do G20 em Joanesburgo seguirá normalmente, independentemente da presença do presidente dos EUA, Donald Trump, cuja participação ainda é incerta em meio a tensões diplomáticas.
A África do Sul reafirmou sua determinação em realizar normalmente a 20ª cúpula do G20 em Joanesburgo, marcada para os dias 22 e 23 de novembro de 2025 — independentemente da participação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cuja presença segue incerta. O ministro das Relações Internacionais e Cooperação, Ronald Lamola, declarou que o país seguirá com todos os preparativos previstos, esteja Trump presente ou não.
Donald Trump vem sinalizando há meses que pode não comparecer ao evento, citando descontentamento com as políticas sul-africanas. Em julho, ele afirmou que “talvez envie outra pessoa”, apontando que tem tido “muitos problemas” com a África do Sul e suas políticas consideradas “muito ruins”.
Em meio ao impasse, especialistas destacam que a ausência de Trump pode enfraquecer a cúpula como fórum multilateral de peso e abrir espaço para maior protagonismo de atores como a China ou a própria África do Sul, que busca usar o evento para consolidar sua liderança no Sul Global.
A realização do G20 na África, pela primeira vez, representa uma oportunidade estratégica para o continente. A presidência sul-africana busca pautar o encontro com temas como crescimento inclusivo, segurança alimentar, justiça do clima e transformação digital, alinhados com valores africanos como o Ubuntu e os objetivos da Agenda 2063 da União Africana.
Enquanto isso, a incerteza quanto à presença de Trump persiste como símbolo das tensões diplomáticas que marcam a relação entre Washington e Pretória. A África do Sul segue com os preparativos firmes, sublinhando seu papel de anfitriã e compromisso com um fórum robusto e representativo.