Da Redação
Presidente do Senado descarta votar impeachment de ministro do STF mesmo com apoio unânime da Casa, frustrando estratégia da oposição bolsonarista.
Nesta quinta-feira, 7 de agosto de 2025, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, rejeitou veementemente qualquer possibilidade de pautar o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes — mesmo que o documento contasse com o apoio de todos os 81 senadores. A oposição assegurou ter reunido as 41 assinaturas necessárias, mas Alcolumbre deixou claro que não dará andamento ao processo. A afirmação foi feita de forma firme: “nem com 81 assinaturas eu pautarei impeachment de ministro do STF”.
A decisão representa um golpe para os bolsonaristas que buscavam usar o instrumento jurídico como retaliação às ações do ministro Alexandre de Moraes, autor de investigações contra apoiadores do ex-presidente. Parlamentares oposicionistas chegaram a afirmar que o processo ganharia força à medida que as tensões entre os poderes aumentassem, citando precedentes controversos de pautas pressionadas por lideranças partidárias. No entanto, Alcolumbre se manteve inflexível, citando sua responsabilidade institucional e o risco de institucionalizar o uso do impeachment como arma política.
A movimentação política se dá em meio a debates mais amplos: para protocolar o impeachment, é necessária maioria absoluta (41 senadores), mas sua aprovação no plenário exigiria dois terços (54 votos). Mesmo assim, sem o aval de Alcolumbre, todo o pedido está estancado desde sua fase inicial. A situação reforça dúvidas sobre a efetividade do impeachment como ferramenta de responsabilização de ministros do STF, principalmente diante da resistência de presidentes do Legislativo.
