Da Redação
Empresas vinculadas ao bolsonarismo — como armas, agronegócio e supermercados — agora apelam ao governo Lula após sanções comerciais de 50% impostas pelos EUA.
Após a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos, muitas das quais articuladas por Eduardo Bolsonaro, setores economicamente sensíveis começaram a buscar apoio junto ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dentre os mais afetados estão empresas de armas, supermercados e o agronegócio — segmentos que agora relatam medo de prejuízos bilionários e perda de mercado nos EUA.
Nesse contexto, o governo federal lançou o Plano Brasil Soberano, um pacote com cerca de 30 bilhões de reais em linhas de crédito, além de 4,5 bilhões em aportes para pequenas empresas, perdão ou postergação de impostos e incentivo à compra de produtos nacionais para escolas e hospitais. A intenção é afastar o impacto imediato do tarifão e fortalecer a produção interna sem recorrer a retaliações comerciais diretas.
Em paralelo, Lula reforçou sua resposta diplomática à crise: investiu em uma ofensiva internacional com lideranças como Xi Jinping, Vladimir Putin e Narendra Modi, buscando novos mercados em países do BRICS para reduzir a dependência das exportações americanas. Essa estratégia demonstra que, embora reforce seu compromisso com o diálogo, Lula aposta também na diversificação e resiliência econômica como resposta às pressões externas.
