Da Redação
Aliados do presidente da Câmara afirmam que não houve acordo com a oposição bolsonarista, apenas obstrução regimental, enquanto tensiona a retomada dos trabalhos.
Em 7 de agosto de 2025, aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, negaram veementemente que tenha sido fechado qualquer tipo de acordo com a ala bolsonarista para pautar a proposta de anistia ou a PEC que extingue o foro privilegiado. A versão de entendimento foi divulgada por deputados bolsonaristas após Motta conseguir reassumir o plenário na madrugada de quarta-feira, com o apoio de lideranças do Centrão.
Fontes próximas à presidência da Casa enfatizam que o que ocorreu foi apenas um compromisso informal, por parte de União Brasil e PP, de manter a obstrução regimental — mecanismo que permite apresentar requerimentos para atrasar votações — até que as pautas fossem efetivamente discutidas, sem, no entanto, firmar qualquer compromisso de votação.
A ocupação simbólica da Mesa Diretora, capitaneada por blocos bolsonaristas, ocorreu após determinação de suspensão dos mandatos por quem tentasse impedir o andamento da sessão. Mesmo assim, Motta não conseguiu retomar de imediato o controle da cadeira, sendo auxiliado por seu antecessor, Arthur Lira, que assumiu o protagonismo nos bastidores para negociar uma saída.
Apesar da negociação política ter garantido a normalização da sessão, os governistas reforçam que a prioridade permanece sendo temas de interesse público, como a isenção de imposto de renda para salários até R$ 5 mil e a reforma da segurança pública, enquanto o debate sobre anistia e foro privilegiado segue em segundo plano.