Da Redação
Celso Amorim, assessor para assuntos internacionais, afirma que o Brasil segue aberto ao diálogo com os EUA, mas repudia interferências políticas no Judiciário.
O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, afirmou nesta terça-feira que o Brasil permanece disponível para negociações com os Estados Unidos, especialmente em torno de questões comerciais. No entanto, deixou claro que não aceitará ataques ao Judiciário brasileiro nem provocações de caráter político. Ele destacou que, embora os canais de diálogo ainda estejam abertos, há dificuldade em alcançar as autoridades decisórias em Washington.
Amorim também criticou a retaliação americana, como a suspensão de vistos de ministros do STF e aplicação da Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras — ações que considera inaceitáveis e que aprofundam tensões diplomáticas.
Quanto à possível reunião entre o presidente Lula e Donald Trump durante a Assembleia Geral da ONU, Amorim afirmou que, no momento, não há previsão para tal encontro. No entanto, ressaltou que a realização do encontro depende de “gestos que justifiquem” a aproximação, e que nada é definitivo.
Esse posicionamento reafirma a postura equilibrada do governo brasileiro: mantém o diálogo aberto com os Estados Unidos, mas se mantém firme na defesa da soberania e da autonomia institucional do país.