Relatório SOFI 2025 confirma queda da desnutrição abaixo de 2,5% em 2022–2024; Brasil volta a sair oficialmente do Mapa da Fome, reafirmando trajetória construída no governo Lula com sucesso em combate à insegurança alimentar.
Da Redação
Era um dia histórico para o Brasil. Na manhã de 28 de julho de 2025, o relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025 (SOFI 2025), da FAO, confirmou aquilo que já era sentido nas ruas, nos campos e nos lares do país: o Brasil saiu novamente do Mapa da Fome da ONU. A prevalência de subnutrição caiu para menos de 2,5% da população, marco que devolve ao país a dignidade que havia sido conquistada em 2014, mas que foi tragicamente perdida nos anos seguintes.
A cena lembrava o feito de onze anos atrás. Em 2014, o Brasil celebrava a primeira vez que havia deixado o Mapa da Fome. Os programas Fome Zero, Bolsa Família, a valorização do salário mínimo, o apoio à agricultura familiar e a criação de uma rede nacional de proteção social haviam permitido que milhões deixassem a insegurança alimentar. O país era um exemplo internacional.
Mas os ventos mudaram. Entre 2016 e 2022, uma série de crises políticas e econômicas, agravadas pela pandemia, desestruturaram as políticas sociais. O Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional) foi desativado, restaurantes populares foram fechados, a agricultura familiar perdeu apoio, e o Bolsa Família foi desmontado. Em 2022, o Brasil voltou ao Mapa da Fome. Mais de 33 milhões de brasileiros não tinham o que comer.
Quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu novamente a Presidência em janeiro de 2023, a fome era um dos maiores desafios do país. Lula prometeu: “O Brasil vai voltar a sair do Mapa da Fome até o fim do meu mandato”. O anúncio parecia ousado, mas, dois anos depois, a promessa foi cumprida.
Como Lula reconstruiu a rede de proteção
A saída histórica de 2025 foi resultado de um conjunto de políticas públicas articuladas. O Consea foi reativado. O Bolsa Família foi reformulado e ampliado, garantindo renda mínima para milhões de famílias. O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) voltou a comprar produtos da agricultura familiar para abastecer escolas, hospitais e restaurantes populares.
A alimentação escolar foi fortalecida e recebeu mais recursos. Restaurantes populares foram reabertos em diversas capitais. A agricultura familiar voltou a ter crédito e assistência técnica. Ao mesmo tempo, o salário mínimo foi reajustado acima da inflação, a geração de empregos cresceu e a pobreza extrema caiu de forma acelerada.
Em apenas dois anos, mais de 40 milhões de brasileiros deixaram a insegurança alimentar grave. O índice de pobreza extrema caiu para 4,4% da população, e o desemprego alcançou 6,6%, o melhor nível desde 2012.
Um Brasil que serve de exemplo para o mundo
A conquista não passou despercebida no cenário internacional. O Brasil lidera, desde 2024, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que reúne mais de 100 países comprometidos em acabar com a fome até 2030. O sucesso brasileiro serve como modelo para nações em desenvolvimento.
Ao receber a notícia oficial da FAO, Lula se emocionou. Ligou para o diretor-geral da organização e declarou: “Hoje dormirei com a consciência tranquila. Sou o homem mais feliz do mundo”.
O desafio da permanência
Especialistas celebraram o resultado, mas alertaram que o desafio agora é consolidar as políticas sociais para que o país nunca mais volte ao Mapa da Fome. A experiência recente mostrou como retrocessos institucionais podem jogar fora anos de avanços.
O Brasil provou mais uma vez que a fome não é um destino, é uma escolha política. Com políticas públicas bem estruturadas e compromisso social, um país pode devolver dignidade a seu povo.
Em 2025, o Brasil escolheu o caminho da vida, da solidariedade e da justiça social. E o mundo voltou a olhar para cá com admiração.