Da Redação
Chanceler Wang Yi reforça solidariedade chinesa à soberania brasileira, repudia pressão unilateral dos EUA e propõe ampliação de cooperação entre os países.
Nesta quarta-feira, 6 de agosto de 2025, o chanceler chinês Wang Yi, em ligação com o assessor especial Celso Amorim, defendeu o Brasil de “interferência externa injustificada” por parte dos Estados Unidos. Ele expressou clara solidariedade à defesa da soberania e dignidade nacionais brasileiras, afirmando que a China apoia o direito do país ao desenvolvimento sem coerção externa.
Wang Yi criticou medidas protecionistas dos EUA como tarifas discriminatórias e estilos coercitivos de pressão econômica, classificando-os como violações ao princípio da não intervenção. Segundo o diplomata chinês, a China está disposta a aprofundar sua parceria estratégica com o Brasil, incluindo áreas como comércio, finanças, tecnologia e política externa — em uma coordenação crescente entre os dois maiores países em desenvolvimento.
Amorim, por sua vez, reafirmou o compromisso do governo Lula em fortalecer o BRICS e consolidar a perspectiva de cooperação do Sul Global. Ele destacou que essa aliança se funda em princípios de multipolaridade, respeito ao direito internacional e justiça global, reafirmando o papel do Brasil como interlocutor ativo e autônomo em blocos alternativos à hegemonia ocidental.
A posição chinesa complementa outras vozes globais que vêm repudiando a lógica unilateralista dos EUA. Pequim reforça sua visão de ordem multipolar visando construção de uma “comunidade com futuro compartilhado” com países do Sul Global, entre eles o Brasil, em oposição ao intervencionismo geoeconômico e diplomático.