Da Redação
O embaixador chinês para a América Latina criticou publicamente as sanções norte-americanas contra o ministro Alexandre de Moraes, afirmando que violam a soberania e defendendo o princípio da não-interferência como fundamento das relações internacionais.
Nesta terça-feira (9 de setembro de 2025), o governo da China manifestou-se oficialmente contra as sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, baseadas na Lei Global Magnitsky. A declaração foi feita pelo embaixador chinês para assuntos da América Latina, Qiu Xiaoqi, em entrevista coletiva em Pequim.
Qiu destacou que tais sanções configuram uma “interferência indevida” nos assuntos internos do Brasil, um princípio que contraria os fundamentos da Carta das Nações Unidas. “A igualdade soberana e a não-interferência nos assuntos internos são princípios essenciais da ONU e normas básicas das relações entre os Estados soberanos”, afirmou o diplomata chinês.
A posição da China reforça seu alinhamento com o Brasil diante da escalada da crise diplomática com os Estados Unidos, especialmente após sanções que incluem restrições de vistos e sanções econômicas direcionadas ao sistema judicial brasileiro. O país asiático defendeu que soluções a disputas dessa natureza devem ser buscadas por meio de diálogo e no âmbito multilateral — não via retaliações unilaterais.
