Atitude Popular

China envia mensagem aos EUA e aliados com parada militar validada por Rússia e Coreia do Norte

Da Redação

Em comício militar histórico em Pequim, Xi Jinping foi acompanhado de Putin e Kim Jong-un. O evento exibiu armamentos avançados, transmitindo força política e estratégia conjunta dos três países.

Nesta quarta-feira, 3 de setembro de 2025, a China realizou seu maior desfile militar até hoje, em celebração ao 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial. O ato, que contou com a presença marcante de líderes de peso — o russo Vladimir Putin e o norte-coreano Kim Jong-un — foi interpretado como uma demonstração geopolítica de força, consolidando um bloco diplomático que desafia diretamente os Estados Unidos e o Ocidente.

O presidente chinês, Xi Jinping, inaugurou o desfile com uma mensagem forte: o mundo precisa escolher entre paz ou guerra. A frase foi um claro recado de descontentamento com a ordem global liderada pelo Ocidente, ao passo que Pequim fortalece sua narrativa de renovação nacional.

O evento apresentou um arsenal ultra-sofisticado: mísseis hipersônicos, drones subaquáticos, tanques com inteligência artificial, sistemas cibernéticos e novos mísseis balísticos intercontinentais, como o DF-61. A coreografia militar incluiu unidades da marinha, da força aérea e da polícia armada militar, consolidando a exibição como a mais elaborada da história recente chinesa.

Estima-se que cerca de 50 mil pessoas assistiram à cerimônia na Praça Tiananmen, enquanto delegações de 26 países — mas poucos representantes ocidentais — testemunhavam a demonstração. A impressão geral foi de um movimento diplomático cuidadosamente arquitetado, desenhado para sinalizar uma nova configuração de forças no cenário mundial.

O peso simbólico do evento ficou ainda mais evidente com a presença de Putin e Kim ao lado de Xi. A união entre três líderes historicamente isolados pela comunidade internacional ressoou como um bloco de contestação à liderança tradicional americana e europeia.