Atitude Popular

China exige cessar-fogo imediato em Gaza

Da Redação

Em discurso no Conselho de Segurança da ONU, representante chinês Geng Shuang exige suspensão total dos ataques em Gaza e defende criação de Estado Palestino independente.

Nesta quarta-feira, 6 de agosto de 2025, o vice-representante permanente da China junto à ONU, Geng Shuang, fez um pronunciamento contundente durante sessão aberta do Conselho de Segurança, exigindo um cessar-fogo imediato e sustentável na Faixa de Gaza. Ele destacou que mais de 60 mil civis já morreram em decorrência das operações militares israelenses, e alertou que continuam morrendo milhares a cada dia.

Segundo Geng, as tentativas de resolver o conflito por meios militares provaram não apenas ineficazes, mas contraproducentes, sem salvar vidas nem resolver o problema fundamental — apenas prolongando a devastação. Ele afirmou que persistir nas hostilidades agravará ainda mais uma crise humanitária que já ameaça levar à fome generalizada; cerca de dois milhões de pessoas em Gaza sofrem com bloqueio severo e escassez de alimentos e remédios.

O diplomata enfatizou que Israel deve respeitar o direito internacional e permitir o pleno acesso à ajuda humanitária, colaborando com agências da ONU. Para Geng, restringir esse fluxo equivale à punição coletiva contra civis indefesos, especialmente crianças e idosos.

Além disso, ele reafirmou que a única saída viável e duradoura é a adoção da solução de dois Estados, com a criação de um Estado palestino independente vivendo em coexistência com Israel. Segundo Geng, esse modelo foi reafirmado por líderes globais na última Assembleia Geral da ONU e representa a base mínima para uma paz justa e estável.

A mensagem da diplomacia chinesa é clara: o mundo não pode se eximir de responsabilidades — especialmente atores com influência significativa devem agir com responsabilidade para cessar o sofrimento, assegurar a libertação de reféns e promover uma reconstrução política que atenda à justiça histórica dos palestinos.

Por fim, Geng afirmou que a China seguirá colaborando com a comunidade internacional em iniciativas diplomáticas e humanitárias, posicionando-se como mediadora de pressões para o fim imediato da violência e avanço de um processo político que assegure paz e dignidade a ambos os povos.