Da Redação
Viagem de Wang Yi à Áustria, Eslovênia e Polônia busca fortalecer diálogo sobre comércio, infraestrutura e história compartilhada, em meio a tensões globais.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, concluiu uma visita de cinco dias à Áustria, Eslovênia e Polônia com uma agenda marcada por cooperação diplomática, defesa comercial e afirmação de valores históricos. As conversas tiveram como foco a importância de consolidar a relação entre a China e esses países europeus — mantendo o diálogo aberto, reforçando laços econômicos e evitando confrontos diplomáticos.
Durante as reuniões, autoridades desses países expressaram disposição para manter trocas de alto nível com a China, além de valorizar as iniciativas de investimento chinês no continente. Há empenho conjunto para cooperar em projetos verdes com a Áustria, incrementar cooperação prática com a Eslovênia e avançar com iniciativas de infraestrutura no âmbito da Belt and Road com a Polônia.
Wang Yi ressaltou que China e Europa devem se ver como parceiros e não adversários, defendendo cooperação em vez de confrontos. Ele afirmou que a China está pronta para reforçar comunicação estratégica, promover trocas culturais, facilitar investimentos, e trabalhar em conjunto para enfrentar os desafios de tarifas arbitrárias, segurança comercial e regulamentações que prejudiquem interesses legítimos.
Outro ponto destacado foi a cooperação em transporte internacional, como ferrovias e rotas logísticas, infraestrutura aérea direta e fortalecimento de serviços competentes entre China e Polônia. Também foi discutida a adesão aos princípios de comércio justo e respeito a normas internacionais, especialmente no uso e controle de produtos de uso duplo.
Dentro do âmbito histórico, Wang Yi enfatizou a memória da Segunda Guerra Mundial, com menção à vitória antifascista, lembrando o sacrifício do povo chinês no teatro asiático. Ele afirmou que é essencial manter a integridade da história e resistir a “forças separatistas”, em clara referência aos grupos que defendem independência de Taiwan.
No que se refere à Ucrânia, a diplomacia chinesa exibiu tom de mediação: Wang Yi afirmou que a guerra não resolve problemas e que sanções geralmente agravam tensões. Ele fez apelos para que o conflito seja resolvido por diálogo, respeitando normas internacionais, sem que se agrave isolamentos ou rivalidades.