Atitude Popular

China se destaca pela diplomacia

Da Redação

Editorial do Global Times, jornal chinês, afirma que “quando as pessoas se cansam de lutar, a abordagem da China se torna cada vez mais atraente”, contrastando sua retórica de paz com a postura agressiva atribuída aos EUA.

Em 7 de agosto de 2025, repercute dentro da discussão diplomática internacional uma declaração do editorial do jornal Global Times, alinhado ao governo chinês, que contrapõe duas visões globais antagônicas. O texto afirma que enquanto os Estados Unidos atuam como promotores da guerra, a China emerge como defensora de negociações de paz e cessar‑fogo imediato. Segundo o editorial, “quando as pessoas se cansam de lutar, a abordagem da China se torna cada vez mais atraente”.

Essa narrativa reforça a diplomacia chinesa de “ascensão pacífica”, voltada a enfatizar o diálogo e a estabilidade em meio a crises globais. O discurso utiliza esse contraste para reafirmar o papel da China como opção diplomática mais humana e responsável.

A postura chinesa também se reforça em contextos como o Oriente Médio, onde líderes como Xi Jinping e Vladimir Putin reiteraram a necessidade de cessar-fogo urgente e proteção de civis nas regiões afetadas. Em entrevistas e telefonemas diplomáticos, Xi reforçou que a violência não é caminho para resolver disputas internacionais, alinhando essa mensagem com a imagem que busca transmitir no exterior.

Esse tipo de comunicação se insere em um estilo diplomático que pode ser visto como típico do “wolf warrior diplomacy”, ainda que adote tons pacificadores. Tal estratégia revela as tensões entre uma narrativa de firmeza nacionalista — tradicional no modelo orquestrado pelo Estado — e a necessidade de apresentar-se como alternativa diplomática em ascensão.

Analistas observam, no entanto, que essa retórica pacífica tem limitações práticas, especialmente diante de acusações externas e ceticismo sobre o real alcance da influência chinesa. Ainda assim, o Global Times aposta nesse discurso para amplificar sua própria visão e mobilizar apoio — sobretudo em regiões vulneráveis ou num cenário multipolar cada vez mais dividido.