Da Redação
Pesquisa Paraná Pesquisas aponta que o senador Cleitinho aparece em primeiro lugar, com 40,6% das intenções de voto, o que lhe daria vitória já no primeiro turno caso a eleição fosse hoje em Minas Gerais.
Um novo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, realizado entre os dias 1º e 5 de outubro de 2025, traz dados que acendem o cenário eleitoral de Minas Gerais para 2026. Segundo o estudo, o senador Cleitinho (Republicanos-MG) desponta como favorito na disputa ao governo estadual, contabilizando 40,6% das intenções de voto no cenário estimulado — patamar que pode garantir a vitória já no primeiro turno. A pesquisa ouviu 1.505 eleitores em 68 municípios do estado, com margem de erro de 2,6 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.
No cenário apresentado, Cleitinho aparece isolado na liderança, bem à frente dos concorrentes: em segundo lugar está Kalil (PSD) com 13,5%, seguido de Rodrigo Pacheco (PSD) com 13%, Marília Campos (PT) com 10,6%, e Mateus Simões (Novo) com 5,9%. Brancos, nulos e indecisos somam 16,3%.
A pesquisa revela também perfis segmentados: entre os homens, Cleitinho atinge 50,6%; entre eleitores de 35 a 59 anos, ele aproxima-se de 49%. Ele também obtém desempenho mais expressivo junto a quem participou recentemente de atividades religiosas. Esses recortes indicam que sua candidatura parece mobilizar votos em segmentos-chave do eleitorado mineiro.
Em cenários alternativos — sem a presença de Cleitinho — a disputa se fragmenta. Kalil lidera com 19,1%, seguido de Pacheco com 17%, Marília com 15% e Simões com 12,2%. Quando se inclui Aécio Neves (PSDB) entre as opções, ele aparece com 21,4%, tecnicamente empatado com Kalil e à frente de Marília Campos.
O estudo também avaliou o governo do atual governador Romeu Zema (Novo), que encerrará seu mandato em 2026. Segundo os dados, 63,6% dos mineiros aprovam sua gestão, frente a 32,2% que desaprovam e 4,3% que não opinaram. Essa taxa de aprovação é apenas ligeiramente inferior à registrada na pesquisa de abril de 2025, quando Zema atingiu 64,6%.
Na disputa para o Senado no estado, a pesquisa revela elevado grau de indefinição: no levantamento espontâneo, Cleitinho aparece como nome mais lembrado (2,9%), seguido por Nikolas Ferreira (PL) com 2,6% e pelo governador Zema com 2%. A maioria expressiva dos eleitores — 81,1% — não sabe ou não opina. Em cenários estimulados, a disputa é pulverizada: Aécio Neves lidera com 27,6%, seguido de Carlos Viana com 24,9% e de Maurício do Vôlei com 16,8%, enquanto outros nomes se distribuem entre faixas intermediárias.
O cenário mineiro reforça uma lógica nacional de forte protagonismo local: mesmo com as atenções nacionais voltadas para figuras de peso como Lula, projetos regionais com estrutura política, recursos e apelo simbólico — como o de Cleitinho — podem se consolidar rapidamente, em especial quando a disputa exibe fragmentação entre partidos médios e grandes. Atingir vantagem expressiva já num primeiro turno pode ser decisivo para catapultar o candidato à liderança de palanques regionais e ganhar visibilidade nacional.
No tabuleiro estadual, a meta para os concorrentes será impedir que Cleitinho consolide sua vantagem rumo à vitória antecipada, usando alianças estratégicas, aproximação com bases municipais influentes e a exploração de cenários onde ele deixe de ser opção competitiva. Para Cleitinho, manter a liderança exigirá sustentar presença em todas as regiões, ampliar penetração entre migrantes eleitorais e antecipar narrativas de governo.
Minas Gerais, por sua vez, passa a ser observada como laboratório para 2026: se um candidato conseguir triunfar no primeiro turno, ele leva força simbólica à corrida nacional, testa modelos de gestão antecipada e coloca partidos e coligações sob nova configuração de lealdades. A pesquisa do Paraná Pesquisas revela não apenas números, mas movimentos — e, no momento, Cleitinho está à frente desse tabuleiro competitivo mineiro.
