Da Redação
Dados do IBGE revelam que a taxa de desocupação atingiu 5,8% no segundo trimestre de 2025 — a mais baixa desde o início da série histórica. A queda foi registrada em 18 unidades da federação, ainda que desigualdades regionais e de gênero persistam.
O segundo trimestre de 2025 trouxe boas notícias para o mercado de trabalho brasileiro: a taxa de desocupação recuou para 5,8%, seu menor patamar desde o início da série histórica em 2012. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a retração se estendeu a 18 das 27 unidades da federação, enquanto nas demais nove regiões a situação permaneceu estável.
Entre os Estados com os maiores índices de desemprego estão Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e o Distrito Federal (8,7%). Em contrapartida, os menores registros foram observados em Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%).
A queda no desemprego foi consistente em todas as faixas de tempo de procura por trabalho. No grupo de pessoas que buscava emprego há dois anos ou mais, a redução foi de impressionantes 23,6%, com um total de 1,3 milhão nesse grupo.
William Kratochwill, analista do IBGE, destacou que os dados indicam um “mercado de trabalho resiliente e aquecido”, capaz de absorver mesmo os trabalhadores em situação de maior dificuldade. Em número absolutos, a população desocupada passou a ser de 6,3 milhões — representando uma redução de 1,3 milhão de pessoas em relação ao trimestre anterior (queda de 17,4%) e de 1,1 milhão em comparação ao mesmo período de 2024 (redução de 15,4%).
Além disso, no ano inteiro de 2024, a taxa anual de desemprego foi de 6,6%, a mais baixa registrada na série histórica até então. Já o percentual de trabalhadores informais se manteve elevado — o que continua sendo um ponto de atenção — e o rendimento médio real dos trabalhadores apresentou sinais de recuperação.
Ainda que o panorama seja amplamente positivo, permanecem desigualdades importantes. A taxa de desocupação entre mulheres, negros e pardos segue acima da média nacional, indicando a urgência de políticas públicas mais direcionadas para esses grupos.