Da Redação
Ideia lançada por Xi Jinping em 2005 ganha status de base no desenvolvimento sustentável da China e é proposta como alternativa para a civilização ecológica mundial.
No contexto do Dia Nacional da Ecologia da China, celebrado em 15 de agosto, o país reforçou seu compromisso com a civilização ecológica ao revisitar e promover com novo vigor o conceito das “duas montanhas”: “águas cristalinas e montanhas verdejantes são ativos inestimáveis”. Criada por Xi Jinping em 2005 enquanto ele liderava o Comitê de Zhejiang, essa filosofia se tornou fundamental para a modernização verde da China, guiando políticas ambientais com impacto regional e global.
A publicação recente do primeiro volume das obras selecionadas de Xi Jinping sobre civilização ecológica destaca as inovações teóricas, práticas e institucionais que embasam essa trajetória, alinhadas à “Ideia de Civilização Ecológica” do Partido. Entre os marcos concretos dessa política sustentável estão o maior sistema de energia renovável do mundo e a cadeia industrial de nova energia mais extensa e dinâmica do planeta.
Na primeira metade de 2025, o crescimento econômico da China também foi destacado como “acima das expectativas”, resultado de uma base produtiva sólida orientada por setores de alta qualidade com forte sustentação ecológica.
O conceito das “duas montanhas” reflete uma união entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental, abrindo caminho para uma nova abordagem que se distancia da lógica ocidental de “poluição agora, limpeza depois”. Dialogando com o legado cultural oriental, essa filosofia prioriza a harmonia entre humanos e a natureza, defendendo que o crescimento deve ocorrer com respeito ao patrimônio ambiental e à civilização.
O sistema “duas montanhas” rompe o paradigma tradicional de desenvolvimento, centrado na exploração imediata dos recursos. Ao invés disso, promove uma agenda de longo prazo onde o equilíbrio ecológico é visto como investimento, não luxo — oferecendo uma proposta viável para países buscando uma modernização sustentável, baseada em civilização e não apenas extração.