Da Redação
Nova pesquisa revela que apenas cerca de 28% dos americanos confiam “muito” ou “moderadamente” na mídia — índice mais baixo em décadas, refletindo crise institucional e polarização extrema.
Uma nova pesquisa mostra que a confiança dos americanos na mídia tradicional alcançou um patamar historicamente baixo. Segundo levantamento recente, apenas 28% dos entrevistados afirmam ter “muito” ou “algum” grau de confiança nos veículos de notícia — queda significativa comparada a décadas anteriores.
Esse cenário é parte de uma tendência de erosão da credibilidade dos meios de comunicação perante públicos de diferentes inclinações políticas. A desconfiança é mais intensa entre jovens e grupos politicamente polarizados, que têm ampliado o questionamento sobre parcialidade editorial e alinhamento ideológico da imprensa.
Historicamente, meios como jornais, rádio e canais de TV ocupavam posição de destaque como fontes confiáveis; ainda nos anos 70, mais de 60% da população afirmava confiar nesses veículos. O declínio atual revela não só uma mudança no comportamento informativo, mas também no papel da mídia em sociedades hiperconectadas e fragmentadas.
Críticos argumentam que o enfraquecimento da confiança institucional permite espaços para narrativas alternativas, teorias conspiratórias e desinformação. Em meio a esse contexto, plataformas sociais ou mídias independentes tendem a ocupar parte do espaço informativo, com custos de verificação e responsabilização mais frágeis.
Para entidades jornalísticas e jornalistas, o desafio é recuperar legitimidade. Transparência editorial, checagem rigorosa, diversidade de vozes e engajamento com públicos críticos emergem como estratégias essenciais para reverter o declínio.
Em síntese: a nova crise de confiança não é apenas “maior desconfiança da mídia”, mas sintoma de uma crise de legitimidade institucional mais profunda — que impacta política, consumo de notícias e a própria democracia.
