Atitude Popular

EUA dizem que não buscam confronto com a China, anuncia Pentágono

Da Redação

Chefe do Pentágono garante que Washington não quer conflito ou mudança de regime, mas afirma que defenderá interesses vitais na Ásia-Pacífico.

Em conversa realizada em 10 de setembro de 2025, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, afirmou ao seu homólogo chinês, Dong Jun, que os EUA não buscam conflito com a China, tampouco pretendem promover uma mudança de regime no país. A declaração foi confirmada por porta-voz do Pentágono, que também deixou claro que, apesar de não buscar confrontos, os Estados Unidos permanecerão firmes na proteção de seus interesses estratégicos na região da Ásia-Pacífico.

Durante o telefonema, descrito como “honesto e construtivo”, Hegseth enfatizou que os Estados Unidos não perseguem mudança de regime nem desejam sufocar a China, mas que irão proteger seus interesses vitais. Um dos pontos centrais da conversa foi demonstrar que os EUA desejam manter canais de diálogo abertos, evitando escaladas militares indesejadas.

Do lado da China, o ministro Dong Jun alertou contra tentativas de contenção ou interferência externa. Ele defendeu que tais ações são vistas por Pequim como fontes potenciais de instabilidade e afronta aos interesses nacionais. A posição chinesa reforça a exigência de que seus interesses centrais sejam respeitados e de que qualquer negociação seja construída com base em respeito mútuo e reconhecimento da soberania.

Analistas avaliam que a declaração dos EUA busca reduzir tensões crescentes em torno de disputas comerciais, a questão de Taiwan, controle tecnológico e presença militar no Mar do Sul da China. A mensagem de “não agressão” serve para aliviar pressões internacionais, mas não significa que Washington abrirá mão de ações que considere estratégicas em prol da contenção ou da segurança regional.

Também é visto que essas falas têm função dupla: de um lado, acalmar aliados preocupados com uma escalada militar; de outro, reafirmar para a própria China que os EUA seguem atentos e preparados para responder caso seus interesses sejam ameaçados. A região da Ásia-Pacífico continua sendo considerada prioridade absoluta na geopolítica de ambos os países.