Da Redação
Embaixada continua a criticar o STF e Alexandre de Moraes; Itamaraty reage com convocação e avalia possibilidade de expulsão de diplomata.
A tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos escalou nesta quarta-feira, com o governo Trump mantendo o tom crítico direcionado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por meio das redes sociais da embaixada em Brasília. A gestão brasileira reagiu formalmente, convocando o encarregado de negócios dos EUA, Gabriel Escobar, ao Itamaraty para prestar explicações.
Em postagens públicas, a embaixada classificou Moraes como “o principal arquiteto da censura e perseguição a apoiadores de Bolsonaro”, mencionando sanções aplicadas sob a Lei Magnitsky e alertando que apoiadores do ministro “estão sendo monitorados de perto”. O Itamaraty considerou as declarações como “clara ingerência” em assuntos internos e “ameaças inaceitáveis” a autoridades nacionais, conforme afirmou o diplomata Flavio Goldman, responsável interinamente pela pasta.
Apesar da postura firme, integrantes do governo brasileiro estão cientes da difícil equação política e avaliam com cautela a possibilidade de expulsar Escobar do país. A análise oficial sugere que medidas mais drásticas poderiam expor a embaixadora brasileira em Washington a possíveis retaliações.