Atitude Popular

Genial/Quaest: Bolsonaro réu, preso e acusado de golp deixa opinião pública dividida

A mais recente pesquisa da Genial/Quaest mostra como a sociedade brasileira reage à denúncia e à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de planejar um golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022. O levantamento expõe não apenas o nível de informação da população sobre o processo, mas também a forma como diferentes grupos sociais, políticos e religiosos avaliam as medidas judiciais.

Julgamento de Bolsonaro

Quando perguntados se já sabiam que Bolsonaro está sendo julgado, 73% responderam que sim, enquanto 24% ficaram sabendo pela pesquisa e 3% disseram não saber. A percepção é mais alta entre pessoas com ensino superior (82%) e menor entre os de baixa escolaridade (65%).

Prisão domiciliar

Sobre a prisão domiciliar, 68% já sabiam da medida, 29% ficaram sabendo no momento da entrevista e 3% não tinham informação. A taxa de conhecimento é mais alta no Sudeste (71%) e mais baixa no Norte (60%).

Justiça da medida

Questionados se a prisão domiciliar é justa, 54% responderam que sim, 40% consideraram injusta e 6% não souberam opinar. Entre eleitores de Lula no segundo turno de 2022, o apoio sobe para 83%, enquanto entre eleitores de Bolsonaro a percepção de injustiça chega a 77%.

Chamada de vídeo

Sobre a participação do ex-presidente em uma chamada de vídeo investigada, 62% acreditam que Bolsonaro entrou para articular o golpe, 27% acham que não teve relação com conspiração e 11% não souberam responder.

Envolvimento no plano golpista

A pergunta mais direta sobre a tentativa de golpe mostra divisão: 57% acreditam que Bolsonaro participou do plano, 35% dizem que ele não teve envolvimento e 8% não opinaram. O percentual que vê participação é maior entre jovens de 16 a 24 anos (64%) e entre moradores do Nordeste (61%).


Metodologia

A pesquisa Genial/Quaest foi realizada em agosto de 2025. O questionário abordou diferentes dimensões da denúncia e da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, cruzando as respostas com recortes de sexo, idade, escolaridade, renda familiar, religião, região do país, raça/cor, recebimento de Bolsa Família, voto no segundo turno de 2022 e autodefinição no espectro político. As perguntas exploraram:

  • Nível de informação da população sobre o julgamento e a prisão domiciliar;
  • Avaliação sobre a justiça da medida;
  • Percepção da participação de Bolsonaro em chamadas de vídeo e no plano golpista.

Os dados foram segmentados e apresentados de forma comparativa, permitindo identificar as diferenças de opinião entre grupos sociais e políticos distintos.

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