Da Redação
Durante evento jurídico em Roma, o ministro do STF afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria concedido sua anuência ao plano golpista “Punhal Verde e Amarelo”, que incluía a execução de autoridades, e destacou a importância da firme atuação do Judiciário para preservar a democracia.
Na manhã desta quarta-feira, 3 de setembro de 2025, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, participou de um evento sobre Justiça e democracia em Roma, na Itália. Em seu discurso, associou o ex-presidente Jair Bolsonaro ao plano golpista denominado “Punhal Verde e Amarelo” — destacando que, “ao que tudo indica”, o projeto recebeu o aval do presidente da República. Esse plano, elaborado por figuras políticas alinhadas ao governo e militares de alto escalão, culminava com ações coordenadas para captura, detenção e assassinato de autoridades.
Gilmar Mendes citou que a denúncia da Procuradoria-Geral da República identifica o general da reserva Mário Fernandes como um dos principais articuladores. Segundo as investigações, o plano foi apresentado e possivelmente aceito durante uma reunião realizada no Palácio do Planalto em dezembro de 2022.
O ministro ressaltou a importância de responsabilizar os envolvidos, afirmando que o processo legal em curso reafirma a legitimidade e força das instituições democráticas. Para Gilmar, o Judiciário atuou como escudo da democracia, evitando que o país mergulhasse em um colapso institucional.
Em seguida, sugeriu a ampliação da parceria entre Brasil e Itália para reforçar a defesa do Estado de Direito diante das ameaças que o país tem enfrentado. Ele enfatizou que o STF continuará intransigente, preparado “para enfrentar, uma vez mais e sempre, todas as ameaças” à sua integridade institucional, independentemente de sua origem.