Da Redação
Deputado do PT acusa PL de blindar Eduardo contra cassação por excesso de faltas; anuncia ação legal para contestar a manobra.
O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) fez forte crítica nesta terça-feira (16 de setembro de 2025) à recente indicação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como líder da minoria na Câmara dos Deputados. Lindbergh classificou a nomeação como uma manobra para evitar que Eduardo seja cassado por excesso de faltas às sessões legislativas.
Segundo Lindbergh, a mudança representa um “escândalo”. Ele afirmou que a função de líder da minoria estaria sendo usada como um artifício para livrar Eduardo Bolsonaro das penalidades previstas para parlamentares que acumulam faltas não justificadas. O parlamentar prometeu agir judicial e institucionalmente: anunciou que vai ingressar com mandado de segurança contra essa decisão e que exige a cassação de Eduardo Bolsonaro imediatamente.
A crítica repercutiu amplamente, encontrando ecos entre membros da oposição, parlamentares críticos e setores da sociedade que acompanham o debate sobre decoro parlamentar e responsabilidade institucional. Para muitos, a manobra representa tentativa explícita de contornar normas internas da Câmara que poderiam resultar na perda do mandato do deputado.
Eduardo Bolsonaro, por meio de sua assessoria, ainda não se manifestou publicamente sobre o pedido de mandado de segurança ou sobre as alegações de Lindbergh. O Partido Liberal, sua sigla, permanece em posição de defesa dos direitos parlamentares, argumentando frequentemente que faltas acumuladas devem ser avaliadas em contextos específicos e que lideranças partidárias têm prerrogativas previstas em regimento.
Politicamente, o episódio escancara a tensão crescente entre base bolsonarista e oposição, justamente em um momento de forte pressão jurídica e simbólica sobre Eduardo Bolsonaro, que é uma figura central nas articulações da direita para o pleito eleitoral de 2026. A imagem do Parlamento também entra em jogo: debates sobre moralidade, decoro e cumprimento de deveres legislativos ganham espaço no debate público.
Em resumo: Lindbergh contesta uma decisão que, segundo ele, fere princípios democráticos e de transparência. A manobra para blindar Eduardo Bolsonaro levanta questionamentos legais e éticos, e pode desencadear não só ações judiciais como também reflexos eleitorais, caso o caso avance ou se consolide.