Atitude Popular

Lula defende aliança global contra a fome e cobra recursos: Brasil retoma protagonismo humanitário

Da Redação

Em Roma, durante reunião internacional da Aliança Global contra a Fome, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez discurso marcante em favor de maior financiamento global e da “inclusão dos pobres no orçamento”, posicionando o Brasil como exemplo e ator central na nova governança socioeconômica do mundo.

Lula em Roma: compromissos, cobranças e símbolo de liderança

Durante o encontro, Lula foi direto: “Sem financiamento, não haverá transformação estrutural”. Ele cobrou que os países ricos e as instituições multilaterais priorizem investimentos em programas sociais e criticou o uso de ajustes fiscais como desculpa para reduzir gastos com o combate à pobreza.

O presidente destacou que o Brasil se tornou referência mundial em políticas de inclusão social, com programas como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, e reafirmou que é possível conciliar crescimento econômico, equilíbrio fiscal e justiça social. “É preciso colocar os pobres no orçamento e os ricos no imposto de renda”, disse Lula, em um dos trechos mais aplaudidos de sua fala.

Ele também mencionou ações humanitárias apoiadas pela aliança, como assistência alimentar à população de Gaza, programas de renda mínima no Haiti e fortalecimento da agricultura familiar na África. Para Lula, essas experiências mostram que a solidariedade internacional pode se traduzir em dignidade concreta para milhões de pessoas.

Em tom crítico, o presidente lembrou que, enquanto a ajuda ao desenvolvimento global recuou mais de 20% desde a pandemia, os gastos militares aumentaram de forma recorde. “O mundo não pode continuar gastando trilhões em armas e centavos em comida”, afirmou.


2. A Aliança Global contra a Fome: um legado brasileiro

A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza nasceu de uma proposta apresentada por Lula durante a presidência brasileira do G20. Hoje, o mecanismo reúne governos, fundações, agências internacionais e bancos de desenvolvimento em um pacto para erradicar a fome e reduzir desigualdades até 2030.

O Brasil é um dos principais financiadores e articuladores do projeto, e Brasília abriga a secretaria-geral da iniciativa. A meta é criar um sistema permanente de cooperação internacional que una países do Sul e do Norte em torno de políticas públicas efetivas, voltadas à agricultura familiar, segurança alimentar e transição ecológica justa.

Essa articulação diplomática é uma das expressões mais visíveis da nova política externa altiva e solidária que o governo Lula vem reconstruindo desde 2023, devolvendo ao Brasil o protagonismo humanitário que marcou os anos 2000.


3. Soberania nacional como princípio

Lula fez questão de associar a agenda global de combate à fome à defesa da soberania nacional. Segundo ele, nenhum país pode ser coagido ou condicionado em suas políticas internas em troca de ajuda internacional.

Essa posição reafirma a doutrina diplomática brasileira: cooperação sim, tutela nunca. Para Lula, a erradicação da pobreza só será duradoura se cada nação puder decidir livremente suas políticas agrícolas, energéticas e de desenvolvimento sem interferência externa.

O Brasil, destacou o presidente, é exemplo de como a soberania econômica e a inclusão social podem caminhar juntas. Foi graças à independência política e à valorização do Estado que o país saiu do Mapa da Fome e reconstruiu seu pacto de cidadania.


4. O momento político e os desafios

O discurso de Lula vem em um momento em que o Brasil atingiu o menor índice de fome da história, segundo o IBGE, e retoma o crescimento econômico com redução das desigualdades. O desafio agora é consolidar essas conquistas e expandi-las para o cenário global.

A liderança internacional do Brasil desperta grandes expectativas, mas também resistência de setores conservadores internacionais que veem o avanço do Sul Global como ameaça ao status quo. Por isso, o equilíbrio entre diplomacia, soberania e pragmatismo será essencial.

Internamente, o sucesso dessa agenda dependerá da continuidade dos programas sociais, do fortalecimento da agricultura familiar e da integração de políticas públicas que garantam a segurança alimentar e nutricional a longo prazo.


5. O Brasil como modelo e esperança

Para especialistas e líderes estrangeiros, o protagonismo de Lula marca o renascimento da diplomacia humanitária brasileira, baseada na solidariedade e na justiça social. O Brasil volta a ocupar um papel central nos debates sobre desenvolvimento, servindo como ponte entre o Sul e o Norte globais.

O país demonstra que é possível exercer liderança sem arrogância, com base na legitimidade de quem já transformou sua própria realidade. Essa é a diferença entre o Brasil e as potências tradicionais: aqui, a voz vem da experiência concreta, não da imposição militar.

Lula tem reiterado que o combate à fome é o grande desafio civilizatório do século XXI. “Não há democracia onde há fome. Não há liberdade onde há miséria. E não há paz onde há desigualdade”, afirmou, ecoando o espírito do Fórum Social Mundial e de sua trajetória histórica.


Conclusão: Lula, o estadista do humanismo e da soberania

A fala de Lula em Roma não foi apenas um discurso — foi uma reafirmação do papel histórico do Brasil como nação solidária, soberana e exemplo de justiça social.
Enquanto potências priorizam armas e mercados, o Brasil prioriza vidas.

A aliança global contra a fome é, acima de tudo, uma aliança pela dignidade humana. E, nesse cenário, Lula se consolida como o grande líder moral e político do Sul Global — um estadista que fala de soberania, mas também de compaixão; que cobra recursos, mas inspira esperança.

Sob sua liderança, o Brasil volta a ser ouvido, respeitado e imitado — não pela força, mas pela autoridade de quem prova que outro mundo é possível.