Da Redação
Presidente brasileiro critica com veemência ofensiva israelense, compara situação a campo de concentração e exige ação imediata da ONU para frear a crise humanitária em Gaza.
Nesta terça-feira, 5 de agosto de 2025, durante reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) no Palácio do Itamaraty, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duras críticas à ofensiva israelense na Faixa de Gaza, classificando-a como “perversidade” institucional e “campo de concentração” em andamento.
Lula expressou indignação ao colocar em xeque a atuação do Conselho de Segurança da ONU: ao ver crianças lutando por comida em Gaza, questionou como seria possível aceitar uma “situação tão perversa” e insistiu na urgência de intervenção internacional humanitária.
O presidente ressaltou que embora condene sem reservas os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023, não vê justificativa para a destruição sistemática imposta a Gaza por parte de Israel. De acordo com Lula, a estratégia de bloqueio e restrição à entrada de alimentos e medicamentos revela a fome deliberada como arma de guerra — comportamento que configura violação grave de direitos humanos.
A denúncia de Lula ecoa a narrativa de líderes do movimento palestino e especialistas internacionais — entre eles Osama Hamdan, do Hamas — que afirmam que Israel estaria transformando Gaza num “campo de concentração nazista”, causando mortalidade por fome, cerco total ao território e bloqueios à ajuda humanitária essenciais.
Lula propôs que o Conselho de Segurança da ONU adote medidas imediatas para proteger civis e estabelecer corredores para acesso à assistência. Segundo ele, não basta lamentar — é necessária ação diplomática ativa para impedir o aprofundamento da calamidade.
Por fim, o presidente reforçou a postura diplomática do Brasil: solidariedade aos palestinos e pressão institucional contra práticas imperialistas. O governador do Brasil solicitou ainda que o país entre formalmente na ação que acusa Israel no Tribunal Internacional de Justiça, assim como apoia iniciativa da África do Sul que aponta genocídio em Gaza. Ele concluiu afirmando que a soberania humana não pode ser sacrificada em nome de interesses geopolíticos.