Da Redação
Em resposta ao aumento da pressão geopolítica e possíveis intervenções externas, o presidente Nicolás Maduro reafirmou a soberania venezuelana com declaração dura: “Quem tocar a Venezuela verá o fim do império norte-americano” — posicionamento que reforça o autoritarismo estatal e o isolamento diplomático.
Em pronunciamento transmitido por canais oficiais nesta sexta-feira, 22 de agosto de 2025, o presidente Nicolás Maduro fez um alerta direto e ameaçador: “Ninguém vai ousar tocar solo sagrado da Venezuela, porque a resposta pode significar o fim do império americano”. A frase ecoa como uma ameaça direta ao imperialismo e reforça uma retórica de resistência nacionalista e militarizada.
Contexto estratégico
A fala surge em meio a uma ofensiva contínua dos EUA e de aliados ocidentais contra o regime chavista, incluindo operações militares no Caribe, sanções financeiras e recompensas por sua captura. Maduro segue consolidando um discurso de defesa intransigente da soberania venezuelana, enquanto intensifica campanhas para frisar o caráter inafastável do projeto bolivariano.
Interferência política e simbólica
O discurso de Maduro está calcado no anti-imperialismo e apela à imagem de um líder combativo. Se, por um lado, reforça a resistência popular junto a setores radicais, por outro, agrava o isolamento diplomático e institucional do país, ampliando a tensão com a América do Norte e fortalecendo sua aura autoritária.
Operação Tun Tun e controle interno
Com a ofensiva social e estatal em curso, o governo já ativou a “Operação Tun Tun” — campanha repressiva destinada a silenciar opositores mediante prisões arbitrárias próximas a barricadas em Caracas e outros estados. Tais estratégias de controle político interno complementam a retórica externa agressiva: Maduro diz “ser um homem da paz, mas também um guerreiro”, capacitado para agir com mão de ferro quando considera sua nação ameaçada.