Da Redação
Presidenta da Petrobras reafirma urgência na liberação da licença ambiental da Margem Equatorial, destaca prejuízo milionário com sonda parada e aponta decisão iminente prevista para 12 de agosto.
Em 8 de agosto de 2025, a presidenta da Petrobras, Magda Chambriard, reforçou que o país está próximo de alcançar consenso para a liberação da licença ambiental da Margem Equatorial, área estratégica para a segurança energética nacional. Ela alertou que os obstáculos, anteriormente relacionados à presença de corais, vêm sendo superados, e que o debate agora “beira o consenso”. A licença em questão é necessária para a Avaliação Pré-Operacional (APO), agendada para 12 de agosto, etapa decisiva para testar mecanismos de proteção da fauna.
Magda destacou que, enquanto a licença não sai, a Petrobras sofre prejuízos estimados em R$ 4 milhões por dia com sondas paradas — valor que contabiliza custos de bens, serviços e movimentação da sonda. A retomada da exploração na Bacia da Foz do Amazonas fortalecerá o plano estratégico da estatal, que busca equilibrar produção de petróleo com expansão da matriz renovável.
Além disso, a executiva apontou que os efeitos da venda da antiga BR Distribuidora ainda reverberam negativamente, reduzindo a capacidade do Estado de influenciar o preço dos combustíveis. Ela escreveu que a marca BR — atualmente ligada a pontos de venda com preços elevados — é fonte de desconforto institucional.
O plano de investimentos para 2025–2029 prevê US$ 111 bilhões em projetos, com foco em eficiência e retorno econômico. Um terço desses recursos será destinado à transição energética, incluindo produção de SAF (combustível de aviação sustentável), antecipando a regulamentação que exigirá 1% de uso de renovável na aviação até 2027. Magda ainda ressaltou a importância da sinergia com a Braskem, afirmando que uma petroquímica independente demais é desfavorável para os interesses da Petrobras.
Nas relações internacionais, ela relativizou os efeitos das tarifas americanas, afirmando que apenas 10% da pauta exportadora da Petrobras é impactada — e que os destinos alternativos, como Índia e China, garantem flexibilidade logística e comercial.
Magda concluiu sua fala com a expectativa de entregar ao país uma Petrobras mais produtiva, com menores custos, mais integrada e socialmente reconhecida.