Da Redação
Durante evento diplomático em Brasília, o chanceler denunciou cooperação entre brasileiros e forças estrangeiras para minar a democracia e afirmou que “soberania não é moeda de troca”.
Em discurso realizado na cerimônia dos 80 anos do Instituto Rio Branco, nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, denunciou um conluio entre brasileiros e potências estrangeiras com o objetivo de desestabilizar a democracia e minar a soberania nacional. Ele afirmou que “ataques orquestrados” tanto internos quanto externos visam manipular fatos e distorcer a realidade brasileira.
Vieira condenou práticas de setores que, segundo seu entendimento, tentam recorrer a interferências estrangeiras para enfraquecer instituições internas. Ele foi taxativo ao dizer que “soberania não é moeda de troca diante de exigências inaceitáveis” e ressaltou que a Constituição e a ordem democrática não podem ser negociadas ou vendidas.
O chanceler ressaltou a necessidade de uma diplomacia nacional “serena, firme e desassombrada” capaz de lidar com um cenário internacional cada vez mais fragmentado e repleto de tensões. Para ele, o Brasil deve demonstrar resiliência institucional e atuar no sistema multilateral como forma de reforçar sua presença global e defender sua autonomia.
Mauro Vieira também declarou que discursos autoritários e apoios a intervenções externas são intenções que não serão toleradas: “Saudosistas do arbítrio e amantes da intervenção estrangeira não terão êxito em sua tentativa de subverter a ordem constitucional”, disse.