Atitude Popular

Megaoperação contra o PCC atinge dirigentes de partidos de direita

Da Redação

A Operação Carbono Oculto, além de desmantelar esquemas bilionários de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, também alcançará políticos no topo de partidos de direita, segundo colunista Lauro Jardim.

A Operação Carbono Oculto foi deflagrada nesta quinta-feira (28) com o objetivo de desarticular um esquema bilionário de lavagem de dinheiro que integrava toda a cadeia do setor de combustíveis — da importação à distribuição — envolvendo fintechs, fundos de investimento e redes criminosas como o PCC. A ofensiva, considerada a maior já realizada no país contra o crime organizado, mobilizou uma força-tarefa com 1.400 agentes, mais de 400 mandados judiciais cumpridos em oito estados e bloqueio de R$ 3,2 bilhões em bens.

Conforme revelado pelo colunista Lauro Jardim, da Globo, a investigação não se limitou a empresários e operadores financeiros. Ela também deve alcançar políticos que ocupam o topo de partidos alinhados à direita política, embora ainda não se trate de figuras do Centrão. A informação aumenta a dimensão política da operação e representa uma potencial inflexão no cenário eleitoral.

Junto dessas revelações, o ministro Ricardo Lewandowski classificou a ação como a maior ofensiva do Estado brasileiro contra o crime organizado na história recente. Já o ministro Fernando Haddad destacou que o PCC montou uma verdadeira “refinaria do crime”, controlando até mil postos de combustíveis em dez estados e operando por meio de sofisticada estrutura financeira na Faria Lima.

A operação expôs o grau de penetração do crime organizado nas estruturas formais da economia, com uso de fintechs como “bancos paralelos”, redes de distribuição elaboradas e fundos usados para lavar recursos ilícitos. O resultado foi um verdadeiro “sequestro” do setor de combustíveis e da economia financeira, com impactos diretos na concorrência, nos consumidores e, possivelmente, no equilíbrio político-eleitoral.