Da Redação
A Meta anunciou uma paralisação nas contratações para sua divisão de inteligência artificial em meio a uma reorganização interna, mas executivos garantem que os investimentos em seus centros de superinteligência continuam crescendo. A tensão revela a turbulência na corrida global por IA.
A Meta realizou uma paralisação abrupta nas contratações em sua divisão dedicada à inteligência artificial. A mudança, que incluiu a suspensão de transferências internas, faz parte de uma reestruturação baseada na criação da nova Superintelligence Labs, que divide seus esforços em quatro núcleos distintos: infraestrutura, produtos, pesquisa fundamental e iniciativas de fronteira. Mais do que um sinal de contenção de custos, a empresa alega que a pausa é parte de um planejamento organizacional normal, após uma intensa fase de recrutamento de especialistas no setor.
Embora o diretor-chefe de IA, Alexandr Wang, tenha negado qualquer desaceleração, afirmando que os investimentos continuam crescendo, o movimento ocorre após uma corrida frenética por talentos, que incluiu pacotes salariais de nove dígitos e a contratação de profissionais de elite de empresas como OpenAI, Anthropic, Google DeepMind e Apple. Até mesmo um alto executivo de IA da Apple já se integrou à equipe de infraestrutura da Meta.
Apesar das garantias oficiais, o cenário sugere instabilidade. Analistas apontam que o ritmo agressivo de gastos e contratações pode inflar custos sem gerar resultados tangíveis no curto prazo. Provas disso incluiriam desempenho aquém do esperado em modelos como o Llama 4, além de críticas sobre credibilidade aberta e coerência estratégica. Com o mercado global de IA pressionado por preocupações sobre retornos financeiros limitados e riscos de bolha, essa pausa na contratação reflete uma empresa no meio de uma recalibragem urgente.