Atitude Popular

Moraes reforça: “Impunidade, omissão e covardia” são caminhos falsos para a democracia

Da Redação

Durante palestra no Fórum Empresarial Lide, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que a democracia brasileira permanecerá firme, mesmo diante de ameaças autoritárias. Ele alertou que impunidade, omissão e covardia corroem o Estado de Direito e não resolvem crises — servem apenas para afundá-la ainda mais.

Nesta sexta-feira (22 de agosto de 2025), o ministro do STF e relator do processo que investiga a tentativa de golpe de 8 de janeiro reforçou a importância da Justiça na defesa da democracia. Em discurso no 24º Fórum Empresarial Lide, em sua cidade natal, o Rio de Janeiro, Alexandre de Moraes foi direto ao ponto: “Impunidade, omissão e covardia podem parecer soluções rápidas, mas são atalhos falsos que corroem os pilares fundamentais da democracia.”

O ministro destacou que os alicerces da democracia brasileira — imprensa livre, eleições periódicas e Judiciário independente — se mantêm vigorosos, mesmo após enfrentarem crises intensas. Moraes lembrou que o país chega a 2025 embalado por 37 anos da Constituição de 1988 e quatro décadas de redemocratização. Esta linha institucional forte, ressaltou, é a garantia de que a democracia segue firme.

Sem citar diretamente os adversários — mas deixando evidente o recado — ele afirmou que a história mostra que países que escolheram a impunidade acabaram prisioneiros de regimes autoritários. “Toda vez que elegemos o caminho mais fácil, em vez de enfrentar problemas com coragem, acabamos perdendo conquistas democráticas que levaram gerações para construir.”

Moraes também deixou claro o papel do Poder Judiciário em momentos de instabilidade: “Não existe normalidade democrática sem turbulência. O bom juiz não se cala, não se curva ao medo, mas decide com independência — e é isso que nos fortalece.”

Ele destacou ainda que o verdadeiro respeito ao Judiciário se conquista com decisões firmes, não com consensos forçados. “Um Judiciário covarde, que faz acordos em nome de paz momentânea, não fortalece a governança — enfraquece.”