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Musk nega pausa no plano da “America Party” e questiona credibilidade da imprensa

Da Redação

Elon Musk rebate reportagens que dizem que ele freou o projeto de criar um novo partido político, afirmando que nada publicado pelo Wall Street Journal deve ser considerado verdadeiro, enquanto mantém relacionamento com lideranças republicanas.

Nas últimas semanas, circulou um relatório alegando que Elon Musk havia diminuído o ímpeto de lançar a “America Party” — um partido político anunciado por ele em julho com a missão de representar eleitores insatisfeitos tanto com os Republicanos quanto com os Democratas. Segundo a reportagem, Musk estaria preferindo concentrar sua atenção nos negócios e evitar atrair resistência da ala conservadora.

Musk, no entanto, refutou com veemência essas afirmações. Em publicação na plataforma X, ele afirmou que “nada que o WSJ diz deve ser considerado verdade”. À parte da negação, Musk não esclareceu se o projeto está suspenso, em andamento ou em espera — mas foi enfático em criticar a credibilidade do jornal.

O contexto é complexo: Musk já havia criticado o controverso projeto de lei orçamentária assinado pelo governo Trump, que chamou de “Big Beautiful Bill”, e chegou a ameaçar apoiar desafetos dos republicanos que votassem a favor. Em seguida, anunciou o novo partido com foco nas eleições legislativas de 2026, com ambições de disputar cargos no Congresso e até mencionar, em certa declaração pública, a possibilidade futura de apoiar candidaturas presidenciais.

Apesar disso, fontes afirmam que Musk tem mantido diálogo estreito com o vice-presidente dos EUA, JD Vance — figura central do movimento MAGA e provável candidato republicano em 2028. A intenção aparente é preservar essa conexão, o que poderia ser prejudicado caso ele realmente criasse um partido próprio que atraísse votos de eleitores republicanos.

Vale lembrar que, em 2024, Musk destinou quase 300 milhões de dólares em apoio a Donald Trump e outros candidatos republicanos, fortalecendo laços com o Partido. Acionar um projeto partidário próprio poderia, segundo analistas, corroer relações políticas que ainda lhe são úteis dentro do establishment conservador.

Por trás dessa discórdia, há tensões reais: relatos indicam que conselheiros ligados a Vance pediram a Musk que permaneça dentro do partido — o argumento é que sua influência seria mais produtiva como aliado do que como líder alternativo. Paralelamente, a Libertarian Party, que havia demonstrado interesse em se unir ao projeto de Musk, recuou ao perceber falta de mobilização e convite para estruturar o partido com ele.