Da Redação
Durante sua posse, o diretor-geral da ANP, Artur Watt, destacou que a urgência em reduzir emissões não deve comprometer a produção nacional e defendeu a abertura de novas fronteiras de exploração com segurança e sustentabilidade.
Nesta sexta-feira, 5 de setembro de 2025, em cerimônia realizada no Rio de Janeiro, Artur Watt foi oficialmente empossado como novo diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Em seu discurso, ele afirmou que a urgência de reduzir emissões de gases do efeito estufa não pode representar um retrocesso energético ao ponto de levar o Brasil a depender novamente de petróleo importado.
Watt defendeu com veemência a continuidade da produção nacional e destacou a importância de explorar novas fronteiras de petróleo, mantendo rigorosos padrões de segurança e sustentabilidade — valores que, segundo ele, caracterizam o setor brasileiro, em especial a Petrobras e a própria ANP. Ele aludiu tacitamente à discussão em torno da Margem Equatorial, região que vem ganhando destaque por sua relevância estratégica e ambiental.
Na mesma cerimônia, Pietro Mendes, ex-assessor do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, foi reconduzido como diretor da agência. Mendes enfatizou a urgência de acelerar o licenciamento ambiental, identificando um gargalo burocrático em coordenar pareceres com o MMA — especialmente relevante para futuros blocos exploratórios no Espírito Santo.
A cerimônia contou também com a presença do ministro Alexandre Silveira, que empossou os primeiros diretores da recém-criada Agência Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), órgão responsável por regulamentar o setor nuclear brasileiro.