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O que é a Assembleia Geral da ONU e qual sua importância

Da Redação

A Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) é um dos seis órgãos principais da ONU — e o único em que todos os países membros têm representação igualitária. Cada um dos 193 Estados-membros tem direito a um voto, independentemente do tamanho, poder ou influência internacional.

Ela se reúne anualmente, geralmente de setembro a dezembro, em Nova York, na sede da ONU. Também pode ser convocada para sessões especiais ou de emergência quando situações internacionais assim o exigem.

Funções e poderes principais

  • Debater questões globais de relevância internacional: paz e segurança, desenvolvimento sustentável, direitos humanos, crise climática, desigualdades, situações humanitárias.
  • Discutir e aprovar o orçamento da ONU; definir quanto cada país vai contribuir financeiramente.
  • Eleger membros não permanentes do Conselho de Segurança, eleger membros dos conselhos econômicos e sociais da ONU, participar na nomeação do Secretário-Geral, entre outras funções institucionais importantes.
  • Produzir resoluções que expressam a opinião da maioria dos países membros, recomendando ações ou políticas. Essas resoluções normalmente não têm força de lei vinculativa, mas têm peso diplomático e moral global.

Limitações e importância prática

  • As decisões da Assembleia não são vinculativas legalmente, ao contrário das decisões do Conselho de Segurança em certos casos de paz e segurança, o que limita o poder executivo da Assembleia para impor suas decisões.
  • Mesmo assim, sua importância reside no papel de fórum universal para diálogo. É onde nações debatem em igualdade, constroem consenso, atraem atenção internacional para crises, forçam compromissos diplomáticos e expõem falhas ou pressões políticas.

Por que é relevante agora

Em momentos de descontentamento global, polarização, guerras, crises migratórias ou tensões comerciais, a Assembleia Geral se torna palco central de discursos simbólicos e estratégicos. Os líderes mundiais aproveitam para apresentar visões de governo, reforçar alianças, desafiar pressões internacionais ou se posicionar diante de temas controversos.

Para países como o Brasil, discursar na abertura da Assembleia é também mostrar protagonismo diplomático, visibilidade internacional, defesa de soberania e dos valores constitucionais.