Da Redação
Ministro da Saúde desiste de participar de eventos em Washington e Nova York após ver restrições impostas pelo governo americano que limitariam sua atuação oficial.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desistiu de integrar a comitiva brasileira que viajaria aos Estados Unidos para a Assembleia Geral da ONU depois que foram impostas limitações consideradas pelo governo brasileiro como “inaceitáveis”. Entre as restrições, estavam autorizações de locomoção diplomática extremamente restritas, que limitariam sua participação em reuniões essenciais.
Padilha recebeu visto diplomático com autorização de circulação restrita, permitindo que se movesse apenas dentro de uma pequena faixa de Manhattan, entre o hotel, a sede da ONU e as representações brasileiras ligadas à organização. Ele também ficaria impedido de se deslocar até Washington, onde havia sido convidado para participar da conferência internacional da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Em entrevista à imprensa, Padilha afirmou que atuar nessas condições inviabilizaria seu trabalho: “Sou ministro da Saúde do Brasil, com plena possibilidade de participar das atividades. As condições impostas são inaceitáveis.” Ele enfatizou que o Brasil é o segundo maior país da Opas e que sua presença nas reuniões e anúncios programados em Washington era importante para parcerias, investimentos e anúncios estratégicos, como de política de vacinas e medicamentos.
O governo brasileiro reagiu oficialmente, criticando as restrições como uma medida abusiva que fere o princípio diplomático de circulação normal de representantes oficiais. Foi acionada a ONU por meio do Ministério das Relações Exteriores para que intervenha em defesa dos direitos da comitiva brasileira e para que o Brasil não seja prejudicado em suas obrigações diplomáticas e multilaterais.
