Da Redação
Durante encontro ministerial em Bogotá, na OTCA, países da Amazônia defenderam a soberania regional, pediram fortalecimento da cooperação e reforçaram a necessidade de evitar ações unilaterais e arrebatadoras contra a região.
Ministros de Relações Exteriores dos países amazônicos se reuniram nesta sexta-feira, 22 de agosto de 2025, em Bogotá, em mais uma demonstração de força coletiva diante de ameaças externas. Na reunião da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), representantes de Brasil, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Guiana, Suriname e Venezuela declararam-se unânimes: a região deve ser preservada de intervenções agressivas ou medidas unilaterais de qualquer origem.
O encontro serviu para firmar o compromisso de cooperação política, econômica e ambiental entre os países da bacia amazônica. Ficou claro que a soberania regional deve ser protegida — inclusive contra tentativas de imposição externa disfarçada de apoio ou “auxílio em segurança”. Foi reforçada a necessidade de fortalecimento institucional da OTCA, com participação ativa de populações indígenas, ação conjunta contra atividades ilegais e tomada de decisões de caráter multilateral, e não de iniciativas isoladas.
O chamado é também uma reação à militarização do Caribe e pressões externas via políticas de segurança e ambientalismo seletivo. Países amazônicos indicaram que qualquer ação que rompa o diálogo ou desestabilize o ambiente regional será vista como afronta. O discurso ganhou força ao lembrar que a Amazônia é vital para a estabilidade climática global e que sua defesa só é legítima quando liderada pelos próprios amazônicos, com base em seus saberes, cultura e governança compartilhada.
