Atitude Popular

PCdoB celebra seu Congresso Nacional reafirmando a luta pelo Brasil soberano, justo e popular

Da Redação

Entre os dias que marcam a primavera política de outubro, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) realiza mais um Congresso Nacional, reunindo lideranças históricas, militantes, jovens, intelectuais e trabalhadores de todo o país. Em um momento de grandes desafios para a esquerda mundial, o evento reafirma o papel do PCdoB como força política de resistência, esperança e transformação social — herdeiro direto das lutas que atravessaram quase um século da história brasileira.

Este congresso, realizado em 2025, é mais do que um encontro partidário: é um ato de celebração da coragem e da memória de um partido que nunca se curvou, mesmo sob as sombras mais duras da repressão. O PCdoB chega ao seu novo ciclo mantendo viva a chama do socialismo, da democracia e da soberania nacional — princípios que resistiram à ditadura, ao neoliberalismo e à ofensiva reacionária da extrema-direita.


Um partido que atravessou as décadas de pé

Fundado em 25 de março de 1922, o Partido Comunista do Brasil foi o primeiro a levantar, com clareza e convicção, a bandeira dos trabalhadores e do povo. Desde sua fundação, o PCdoB lutou contra o imperialismo, defendeu as liberdades democráticas e colocou o Brasil no horizonte da justiça social.

Perseguido, cassado, proscrito, exilado — mas nunca derrotado. Durante o Estado Novo, sobreviveu na clandestinidade; durante a ditadura militar, organizou a resistência armada e intelectual; e, na redemocratização, foi voz ativa na construção de uma nova ordem política voltada aos direitos sociais e à soberania nacional.

O partido foi também escola de consciência política. Dali emergiram pensadores, lideranças populares e quadros políticos que ajudaram a moldar o pensamento progressista brasileiro — de Maurício Grabois a João Amazonas, de Giocondo Dias a Haroldo Lima, de Luciana Santos a Manuela d’Ávila.

Cada geração comunista carregou, à sua maneira, o mesmo fio de continuidade histórica: o compromisso de lutar por um Brasil livre, igualitário e independente.


O legado e o presente: socialismo com raízes nacionais

Neste Congresso de 2025, o PCdoB debate o país em profundidade: a crise do capitalismo global, a transição energética, o papel do Estado na reconstrução social e a defesa da soberania diante da guerra informacional e econômica imposta por potências estrangeiras.

A legenda defende que não há democracia sem soberania, e que o projeto nacional precisa ser guiado por um Estado forte, por políticas públicas voltadas à redução das desigualdades e pela valorização do trabalho.

Com olhar voltado ao futuro, o PCdoB reafirma seu compromisso com o socialismo de características brasileiras — aquele que brota das ruas, das fábricas, das escolas e dos movimentos populares.

O partido busca também dialogar com a juventude, os movimentos feministas e as novas gerações de trabalhadores precarizados, reafirmando que a luta de classes se atualiza, mas não desaparece.


O Congresso de 2025: unidade e renovação

Reunido sob o lema “Pelo Brasil soberano, democrático e popular”, o Congresso deste ano é espaço de balanço, reflexão e projeção estratégica. Entre os temas centrais estão o papel da esquerda na era digital, o combate à extrema-direita, a reorganização do movimento sindical e a defesa de um modelo de desenvolvimento sustentável e nacionalista.

O encontro também marca uma nova etapa de renovação de quadros e ideias, em que jovens lideranças e militantes se unem a dirigentes históricos para reafirmar a continuidade da luta.

Comissões de base, plenárias regionais e delegações estaduais chegam a Brasília trazendo experiências diversas — das lutas estudantis às mobilizações pela reforma urbana, do campo da cultura popular à defesa do SUS e da universidade pública. É um retrato vivo da pluralidade e da vitalidade do partido.


PCdoB: um farol de coerência e resistência

Num cenário político em que tantos partidos se diluem nas conveniências momentâneas, o PCdoB mantém uma coerência rara. Nunca trocou convicção por conveniência, nunca renegou o povo para agradar os poderosos.

Essa coerência é o que faz o partido ser respeitado, mesmo por adversários. É o que lhe dá peso moral, mesmo quando não ocupa grandes espaços no parlamento. É o que faz sua presença ser sentida em cada sindicato, em cada movimento de mulheres, em cada bairro popular onde a solidariedade e a luta são a primeira trincheira da democracia.

O PCdoB é a lembrança viva de que ser de esquerda é mais do que uma posição política — é uma escolha ética e civilizatória.


O futuro que nasce da história

O Congresso de 2025 ocorre num Brasil em reconstrução. O país volta a olhar para si, busca se reencontrar com o desenvolvimento, com a dignidade e com a esperança. Nesse processo, o PCdoB se coloca — como sempre — ao lado dos trabalhadores, dos excluídos, dos que ainda acreditam que um outro Brasil é possível.

O partido chega a esse momento com o mesmo espírito que o fundou há mais de 100 anos: firmeza, serenidade e fé no povo.
E reafirma: nenhuma ofensiva conservadora, nenhuma campanha de desinformação, nenhuma guerra híbrida será capaz de apagar o legado de um século de lutas e de sonhos.

Porque o PCdoB não é apenas um partido — é um capítulo permanente da história do Brasil popular.