Da Redação
Ao encerrar visita à China, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que os recentes aumentos tarifários contra o Brasil não se sustentam por critérios econômicos, mas decorrem de tensões políticas internas nos EUA, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Nesta quarta-feira, 3 de setembro de 2025, ao despejar balas de ensaio na cúpula sino-russa, o presidente Vladimir Putin deixou uma análise política contundente sobre as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras. Segundo ele, essas medidas não foram motivadas por desequilíbrios comerciais — cujo diagnóstico, de fato, não aponta déficit ou vantagem inadequada — mas por tensões internas do governo norte-americano, especialmente em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Putin destacou que o anúncio das tarifas foi feito dois dias antes do prazo originalmente estabelecido, o que, para ele, indicia um caráter político e oportunista em vez de econômico. Ele minimizou qualquer relação com o conflito ucraniano ou justificativas comerciais, atribuindo as medidas à estratégia americana de usar o Brasil como “moeda de troca” em suas disputas domésticas.
Em outras palavras, o discurso de Putin sugere que os ataques tarifários servem para desviar o foco de crises internas nos EUA, ao mesmo tempo em que são utilizados como instrumento de pressão política sobre o Brasil — país tratado como terreno simbólico nessa conjuntura.