Da Redação
Estudo revela como gigantes digitais, como Meta, Amazon, Apple, Microsoft e Google, aprofundam seus vínculos com o setor militar dos EUA — reforçando a militarização da tecnologia, fluxos de governança entre empresas e governo, e atuação em cenários de conflito.
Um estudo acadêmico publicado em 2025 explora a consolidação de um complexo digital-militar-industrial nos Estados Unidos, evidenciando a interdependência cada vez maior entre Big Tech e as estruturas de defesa nacional.
1. Vinculação histórica entre tecnologia digital e pesquisa militar
A gênese dessa aliança remonta à colaboração entre agências de defesa como a DARPA e empresas de tecnologia, cuja sinergia impulsionou desde a criação da internet até sistemas modernos de alto impacto. Essa colaboração continua sendo um motor de inovação radical voltada para usos militares.
2. Big Tech como fornecedora estratégica ao Pentágono
Empresas de tecnologia tornaram-se críticas para as operações militares dos EUA — tanto por seus sistemas quanto por sua capacidade de inovação rápida. Elas expandiram sua presença como contratadas militares, extrapolando o papel de simples fornecedoras.
3. Rotatividade de executivos entre setor público e privado (“revolving doors”)
Há um fluxo significativo de executivos transitando entre cargos em Big Tech e instituições militares ou de inteligência. Esse intercâmbio fortalece laços estratégicos de influência, acesso e tomada de decisão.
4. Participação ativa em cenários de conflito
As corporações digitais estão envolvidas diretamente em operações de guerra, seja pelo fornecimento de infraestrutura crítica, soluções de vigilância ou plataformas de dados, rompendo com antigas éticas corporativas de neutralidade.
O estudo alerta que essa articulação estruturada entre tecnologia e aparato militar denuncia o advento de um novo modelo de segurança nacional, em que tecnologias digitais e suas corporações moldam, de forma proativa, o avanço militar e estratégico dos EUA.