Da Redação
O presidente Lula rejeita negociar com Trump, acusa posturas autoritárias e mobiliza resposta conjunta com líderes do BRICS para enfrentar as tarifas de 50%.
Em 7 de agosto de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou sua disposição para negociar, mas sem se submeter a humilhações. Ele declarou que “não vê disposição real” de Donald Trump para um diálogo direto, classificando sua postura como autoritária e acusando-o de ferir a soberania do Brasil. Lula enfatizou que, enquanto não houver abertura americana, caberá ao país buscar alternativas no plano internacional e com aliados estratégicos.
Com esse cenário, o governo brasileiro reforça sua aposta em uma resposta multilateral. Lula vem articulando uma ação coordenada junto aos países do BRICS, em especial China e Índia, além de inserir o tema nas próximas agendas do bloco. Nas conversas em curso, ressaltou ser fundamental que cada país apresente como está sendo afetado pelo “tarifaço” e que juntos definam uma estratégia comum.
A diplomacia brasileira também estuda a inclusão de parceiros como a França em um esforço de solidariedade mais ampla e diversificada, visando ampliar o alcance da reação frente aos ataques econômicos.
Enquanto isso, internamente, o setor industrial protesta com veemência — setores como indústria de transformação são os mais afetados. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alerta que mais de 50% da pauta exportadora enfrenta agora a sobretaxa americana — uma crise sem precedentes que exige respostas rápidas e eficazes.
Em torno desse cenário, Lula consolidou sua retórica de soberania ao afirmar que, em matéria de negociação internacional, o único que manda no presidente é o povo brasileiro, e não potências externas.