Atitude Popular

Tarcísio diz que, se virar presidente, seu primeiro ato será indultar Bolsonaro e critica o Judiciário

Da Redação

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, declarou que, caso assuma a Presidência, seu primeiro ato será conceder indulto a Jair Bolsonaro. Ele também criticou o Judiciário, afirmou não confiar na Justiça e defendeu anistia ampla para envolvidos em atos antidemocráticos.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou em entrevista que, se for eleito presidente da República, seu primeiro ato será conceder indulto a Jair Bolsonaro. Ele justificou a decisão afirmando que considera “absolutamente desarrazoada” a situação do ex-presidente, que segue preso em prisão domiciliar enquanto aguarda julgamento por tentativa de golpe no STF.

Apesar do anúncio, Tarcísio negou que seja candidato nas eleições de 2026, ressaltando que “todo governador de São Paulo é presidenciável” pelo peso político do Estado, mas mencionou que, na história recente, poucos ascenderam à Presidência dessa forma.

Expressando desconfiança no sistema judicial, Tarcísio declarou: “Infelizmente, hoje eu não posso falar que confio na Justiça, por tudo que a gente tem visto”, e acrescentou que não vê elementos consistentes para uma eventual condenação de Bolsonaro.

Ele também defendeu a anistia para os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, enfatizando que o Congresso Nacional deveria construir uma solução política para o impasse — “não é novidade no Brasil”, disse, citando casos históricos desde revoltas coloniais até o regime de 1964. Cobrou ainda que a Câmara leve o debate adiante, sem interferência de outros poderes.

A declaração provocou reação imediata de lideranças políticas. A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou que a proposta revela submissão política e afronta ao Estado de Direito: “Tarcísio confirma que seu chefe é culpado e que não respeitam a Justiça”. Já o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, classificou o indulto como um projeto de “ruptura institucional”, afirmando que priorizar a anistia em detrimento de temas como saúde, educação e emprego constitui uma ameaça à democracia.