Da Redação
Em anúncio conjunto com Netanyahu, o presidente dos EUA apresentou um plano de paz para Gaza e deixou claro que os EUA darão “pleno respaldo” a Israel para agir caso o movimento palestino não aceite os termos; a proposta aumenta a pressão diplomática sobre Hamas e acirra o risco de nova escalada militar e humanitária na região.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou um novo plano para a Faixa de Gaza em parceria com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Durante o anúncio, Trump lançou um ultimato ao Hamas: ou aceita os termos da proposta ou enfrentará a reação militar de Israel com apoio total de Washington.
O plano, descrito como um roteiro de 20 pontos, prevê cessar-fogo condicionado à libertação de reféns, desarmamento gradual das facções armadas e a criação de uma administração provisória internacional para governar Gaza até a definição de um acordo político duradouro. Segundo a Casa Branca, trata-se de uma tentativa de encerrar um conflito que já se estende por quase dois anos.
Trump classificou o momento como “histórico” e afirmou que, se o Hamas rejeitar os termos, “Israel fará o que for preciso, com o respaldo dos Estados Unidos”. Netanyahu, por sua vez, declarou que Israel não permitirá que o grupo volte a operar impunemente em Gaza, reforçando a disposição de intensificar as ações militares caso o plano não seja aceito.
A reação internacional foi imediata. Países árabes receberam a proposta com cautela, cobrando garantias humanitárias robustas, enquanto aliados ocidentais manifestaram apoio à iniciativa, mas ressaltaram a importância de proteger a população civil palestina. Organizações humanitárias alertaram para o risco de agravamento da crise em Gaza, onde a escassez de alimentos, água e remédios já atinge níveis alarmantes.
Especialistas em direito internacional destacam que qualquer operação militar subsequente deve respeitar as normas humanitárias, em especial os princípios de proporcionalidade e proteção de civis em áreas densamente povoadas. Para analistas políticos, o anúncio combina diplomacia e coerção, mas pode acabar empurrando a região para uma nova escalada militar.
O Hamas ainda não se pronunciou oficialmente sobre a proposta. Fontes próximas ao movimento indicam que qualquer aceitação dependerá de contrapartidas sólidas, como garantias de segurança, inclusão política e mecanismos de reconstrução da Faixa de Gaza.
O futuro imediato do conflito dependerá, portanto, da resposta do Hamas e da capacidade da comunidade internacional de mediar uma solução que vá além do campo militar. Sem avanços concretos, o risco de uma nova tragédia humanitária permanece elevado.