Da Redação
Durante encontro com o presidente da Coreia do Sul, Trump sugeriu que os Estados Unidos deixem de apenas alugar e passem a ser proprietários das terras onde se encontram suas bases militares no país — uma proposta que pode tensionar ainda mais as relações diplomáticas e militares entre os aliados.
Em mais um movimento que reforça sua diplomacia disrruptiva, o ex-presidente Donald Trump afirmou que gostaria que os Estados Unidos passassem a ser donos dos terrenos onde suas bases militares se encontram na Coreia do Sul, em vez de apenas mantê-los sob arrendamento. A declaração aconteceu durante reunião com o presidente sul-coreano Lee Jae-myung.
A proposta visa responder ao alto custo envolvido na manutenção dessas bases, parcialmente custeadas pela Coreia. Contudo, especialistas destacam que a sugestão não tem precedentes e representa uma ruptura com décadas de acordos entre os dois países, que delimitam claramente jurisdição, soberania e controle.
Analistas apontam que, mesmo com pouco potencial real de implementação, o simples anúncio sinaliza uma disposição política dos EUA em afirmar presença militar permanente na Coreia — uma mensagem com impacto direto no tabuleiro da dissuasão regional. Além disso, pode gerar desconforto entre os sul-coreanos, que veem risco de erosão de sua autonomia territorial.
Este episódio surge em meio ao desafio diplomático de equilibrar alianças estratégicas, como a necessidade de contenção à Coreia do Norte, com o receio de interferências que revigorem traumas históricos de ocupação. A retórica de Trump sinaliza força, mas compromete a cooperação baseada em confiança e senso de reciprocidade.
