Da Redação
Sob pressão de Washington, União Europeia adia resposta às tarifas impostas por Trump, evidenciando fragilidade política e abrindo caminho para novas humilhações econômicas.
A União Europeia deu uma demonstração inequívoca de fraqueza ao recuar de forma vergonhosa frente à nova ofensiva comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mesmo após o anúncio de tarifas adicionais de até 15% sobre produtos europeus — atingindo setores estratégicos como aço, alumínio e automóveis — a Comissão Europeia decidiu suspender por seis meses as contramedidas que haviam sido preparadas como resposta.
A decisão, apresentada como “ato de moderação diplomática”, escancarou o descompasso entre a retórica de soberania europeia e a realidade geopolítica. Em vez de reagir com firmeza, a União Europeia optou por ganhar tempo, mesmo diante de um cenário em que Trump avança sem freios, explorando a debilidade política e a fragmentação interna do bloco europeu.
Ministros como o alemão Lars Klingbeil até tentaram disfarçar a capitulação com declarações sobre a necessidade de uma “Europa mais forte”, mas a verdade é que a UE, mais uma vez, mostrou-se incapaz de confrontar diretamente os EUA. Bruxelas optou pela submissão estratégica, adiando represálias e oferecendo ao governo Trump uma vitória clara na guerra tarifária.
O impacto da covardia europeia foi imediato: o euro despencou nos mercados internacionais, índices como o DAX alemão e o CAC francês registraram quedas expressivas, e investidores passaram a duvidar da capacidade da Europa de defender seus próprios interesses. Trump, por sua vez, capitalizou o episódio como uma vitória pessoal, reforçando seu discurso de “America First” e fortalecendo sua posição frente ao eleitorado doméstico.
Analistas mais críticos apontam que a UE perdeu uma oportunidade histórica de afirmar sua autonomia econômica. Ao priorizar a estabilidade momentânea, o bloco permitiu que Trump consolidasse uma lógica de chantagem tarifária, onde medidas unilaterais de Washington se impõem sobre aliados com facilidade. A ausência de uma resposta contundente apenas encorajará novos ataques à indústria europeia.
O cenário expôs, ainda, a fragilidade do projeto europeu de defesa comercial integrada. Mecanismos como o Acordo de Contingências Anticoerção — amplamente divulgado como solução para enfrentamentos desse tipo — permaneceram engavetados, provando que a teoria da “Europa geopolítica” não passa, por ora, de retórica vazia.