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UK enfrenta crise da dívida com custos de empréstimos no limite e Reeves sem alternativas claras

Da Redação

Com custos de empréstimos em níveis mais altos dos últimos 27 anos e déficit massivo por diante, a chanceler do Tesouro, Rachel Reeves, lida com impasse fiscal: equilibrar regras orçamentárias, investimento público e evitar altos impostos, tudo isso em meio à desconfiança dos mercados.

O Reino Unido se encontra em uma encruzilhada econômica grave. Os custos de financiamento do governo atingiram patamares que não se viam desde meados da década de 1990, pressionando fortemente as contas públicas. A estimativa é de que o serviço da dívida alcance mais de £100 bilhões por ano, obrigando a designar de £30 a £50 bilhões em receitas extras ou cortes para evitar violar regras fiscais já definidas.

A chanceler do Tesouro, Rachel Reeves, nomeada pelo Partido Trabalhista, tenta equilibrar três demandas simultâneas: evitar aumentos de impostos sobre os trabalhadores, cumprir as metas fiscais e ainda elevar investimentos públicos — o que foi definido por analistas como um impasse fiscal ou “trilema”. Especialistas calculam que será necessário cortar custos atuais, rever as regras fiscais ou buscar novas fontes de receita.

Internamente, Reeves enfrentou descontentamento dentro do próprio partido ao tentar aprovar reformas no auxílio assistencial como parte de medidas de ajuste. O resultado foi uma vitória por margem apertada e tensão crescente com parlamentares trabalhistas, que enxergam perigo em promover cortes sociais em tempos de crise.

Enquanto isso, comentaristas advertem que reformas estruturais com intenção de longo prazo, como revisão do sistema de herança, enfrentam forte oposição pública. O cenário se agrava por uma crise de legitimidade fiscal em que poucos têm coragem de lidar com o custo político das reformas necessárias. O futuro imediato do Reino Unido dependerá da capacidade de Reeves em conciliar estabilidade política e responsabilidade fiscal, sem mergulhar o país em recessão social e econômica.