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Julgamento de Bolsonaro no STF começa com leitura do relatório por Alexandre de Moraes

Da Redação

Nesta terça-feira (2 de setembro de 2025), o Supremo Tribunal Federal inicia as sessões finais do julgamento que investiga Jair Bolsonaro e outros sete por tentativa de golpe, com o relator Alexandre de Moraes abrindo com a leitura do relatório.

Nesta terça-feira, 2 de setembro de 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF) dá início à fase de encerramento do julgamento envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados — integrantes do chamado “núcleo 1” da trama golpista. A sessão começa às 9h com a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes, que detalha todas as etapas do processo e as acusações formuladas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) — sem limite de tempo para a exposição.

Após a leitura, a palavra passa ao procurador-geral da República, que terá até duas horas para apresentar a sustentação da acusação. Na sequência, as defesas terão uma hora cada para apresentar seus argumentos — começando com o delator Mauro Cid e seguindo em ordem alfabética dos réus, colocando Bolsonaro como o sexto a falar.

Em seguida, Moraes votará, analisando primeiro questões preliminares que podem determinar a continuidade do processo. Se decidir, já pode votar também o mérito. Os demais ministros da Primeira Turma — Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e o presidente da turma, Cristiano Zanin — votarão em sequência, com decisão por maioria simples. Um eventual pedido de vista pode interromper o julgamento por até 90 dias, mas a expectativa é de que o caso avance até 12 de setembro.

Essa etapa do julgamento tem repercussão nacional e internacional. É a primeira vez que um ex-presidente e militares de alta patente são julgados criminalmente por tentar subverter o resultado das urnas. O processo pode resultar em penas somadas que ultrapassam 40 anos, ainda que a legislação brasileira permita redução substancial do tempo a ser cumprido.

Convocadas em caráter extraordinário, as sessões ocorrerão em cinco dias distribuídos nas semanas de 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro. A mobilização é intensa, com transmissão ao vivo das sessões e segurança reforçada em Brasília, dada a gravidade do caso.