Atitude Popular

Venezuela inicia exercícios militares no Caribe em resposta aos EUA

Da Redação

Governo venezuelano ativa operação militar em La Orchila alegando defender soberania diante de ameaças americanas; manobras envolvem drones, guerra eletrônica e navios de guerra.

A Venezuela anunciou nesta quarta-feira que começou uma série de exercícios militares na ilha de La Orchila, no norte do país, como reação às pressões e movimentações militares dos Estados Unidos no Caribe. A operação, nomeada Caribe Soberano 200, inclui uso de drones armados, drones de vigilância, drones submarinos, bem como guerra eletrônica — tudo isso com participação de navios de guerra, embarcações anfíbias e unidades da Marinha venezuelana.

O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, declarou que tais ações são uma resposta direta às “vozes ameaçadoras” dos EUA, afirmando que a soberania venezuelana está sob ataque não apenas diplomático, mas por movimentos militares em regiões próximas. Ele ressaltou que o país está elevando seu nível de prontidão operacional no Caribe, mirando defender seu espaço aéreo e marítimo.

Segundo as informações divulgadas, os exercícios têm duração prevista de três dias, e envolvem efetivos com navios de grande porte, aeronaves militares e embarcações de menor porte da milícia naval especial. A logística demonstrada sugere mobilização significativa para a região de La Orchila, que já abriga uma base naval estratégica.

O cenário se insere em tensão crescente: autoridades americanas informaram ter neutralizado embarcações venezuelanas sob suspeita de tráfico de drogas em águas do Caribe, o que o governo de Maduro critica como pretexto para hostilidades. Em resposta, a Venezuela intensifica sua retórica de defesa, denunciando o que chama de ameaça de ingerência e chamando atenção internacional para seu direito à soberania.

Especialistas apontam que, embora os exercícios possam ser defensivos, sua escala e visibilidade têm alto valor simbólico. Eles servem não só para dissuadir ações estrangeiras como também para consolidar internamente a narrativa do governo sobre resistência à pressão externa.