Atitude Popular

Wagner admite reduzir pena dos “bagrinhos”, mas não de mandantes de ações golpistas

Da Redação

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou nesta sexta-feira, 19 de setembro de 2025, que votaria a favor de reduzir as penas de pessoas envolvidas nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 que sejam consideradas massa de manobra, conhecidas como “bagrinhos”. Ele deixou claro, porém, que essa medida não se estenderia aos mandantes ou financiadores dessas ações.

Wagner explicou que já existia a ideia de uma proposta de dosimetria de pena para quem participou mais diretamente dos tumultos, mas sem responsabilidade de liderança ou comando. A figura dos “bagrinhos” foi usada para designar especialmente aqueles que foram mobilizados, pagos ou incentivados a integrar os atos, mas que não definiram a estratégia nem comandaram as ações.

O senador destacou que, caso se aprove uma redução de pena para esses segmentos sem vínculo de liderança, permanecem sob investigação e penalização rigorosa os que orquestraram o golpe, os que financiaram, os que deram ordem e tiveram papel de mando. Para Wagner, isso evita que a proposta, no futuro, sirva de casuísmo para proteger culpados mais graves.

Críticos da manobra alertam que ainda há risco de que o conceito de “bagrinho” seja expandido e que muitos casos individuais sejam enquadrados nessa categoria para fugir de punições mais severas. Governistas argumentam que esta abordagem visa justamente diferenciar graus de participação, evitar injustiças e calibrar punições.