Da Redação
Vice-presidente critica sobretaxa de 50% dos EUA, defende diálogo com indústria norte-americana e apresenta socorro com Reintegra ampliado, drawback prorrogado e apoio a microempresas.
O vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, classificou nesta quarta-feira, 13 de agosto de 2025, o chamado “tarifaço” dos Estados Unidos como “injusto” e “inadequado”. Durante o evento da assinatura da Medida Provisória “Brasil Soberano”, ele anunciou um pacote de socorro voltado à indústria nacional.
Alckmin destacou que o governo dialogou com diversos setores — indústria geral, agropecuária, mineração, exportadores e empresas americanas no Brasil — antes de formular o plano de defesa. Segundo ele, a sobretaxa penaliza especialmente o Brasil, que mantém superávit comercial com os EUA.
Como parte do pacote, destacou-se a extensão do Reintegra: micro e pequenas empresas terão acréscimo de até 6% na devolução de tributos, e empresas de maior porte receberão 3%. O regime de drawback foi prorrogado por um ano, evitando penalizações para exportadores que utilizarem insumos importados.
Além disso, o pacote prevê compras governamentais incentivadas, com União, estados e municípios priorizando produtos nacionais; e diferimento tributário, com adiamento de obrigações tributárias federais para setores mais afetados.
Alckmin explicou que todas as medidas buscam aliviar o impacto imediato da sobretaxa e preparar a indústria brasileira para enfrentar e superar a crise imposta externamente.
