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Europa cessa apoio militar a Israel e reconhece Palestina

Da Redação

Aliados históricos de Israel na Europa, como Alemanha, Reino Unido e França, suspendem vendas de armas e indicam reconhecimento da Palestina, enquanto cresce a condenação global pela escalada militar na Faixa de Gaza.

Aumentou significativamente a pressão internacional sobre Israel. A Alemanha anunciou que suspenderá, “até nova ordem”, as exportações de armamentos que possam ser utilizados na Faixa de Gaza, em reação ao plano israelense de ocupar Gaza City. O chanceler alemão, Friedrich Merz, justificou que as condições atuais dificultam objetivos como a libertação de reféns ou a desmilitarização do Hamas poderiam ser alcançados com essa ofensiva em curso.

A decisão da Alemanha representa uma guinada clara na sua tradicional postura de apoio à segurança de Israel, agora confrontando um dilema entre históricas responsabilidades e a urgência humanitária. O gesto ocorre em um momento de forte revolta interna — cerca de 75% dos alemães apoiam maior pressão sobre Israel — e crescente apelo internacional por um cessar-fogo imediato.

Outros países europeus também sinalizam ações concretas. França e Reino Unido sugeriram que podem seguir o caminho diplomático, com declaração de reconhecimento ao Estado da Palestina, reforçando o isolamento político de Netanyahu.

A comunidade internacional reage em uníssono. A ONU classificou a decisão israelense como uma escalada perigosa, enquanto mais de 20 países, incluindo Egito, Turquia e Reino Unido, expressaram forte preocupação com o agravamento da crise humanitária. Autoridades alertam que o avanço militar em Gaza pode agravar dramaticamente o sofrimento da população civil.

Internamente em Israel, a ofensiva também gera tensão. Grupos de famílias de reféns, opositores e ex-militares alertam que a ocupação de Gaza City pode colocar ainda mais vidas em risco, sem garantia de solução para o conflito.