Atitude Popular

Lula anuncia maior Plano Safra da história e promete juros baixos para fortalecer agricultura familiar

Da Redação

Governo destina R$ 89 bilhões ao setor, amplia acesso ao crédito e reforça ações sustentáveis para garantir alimentos baratos e renda no campo


Em matéria veiculada originalmente pelo canal Gov no YouTube, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou nesta terça-feira (1º) o Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, que terá um volume recorde de R$ 89 bilhões para financiar pequenos produtores, com juros subsidiados e novas linhas de crédito para mecanização, irrigação sustentável e transição agroecológica. O anúncio ocorreu no Palácio do Planalto, reunindo ministros, lideranças rurais, movimentos sociais e representantes de bancos públicos.

“Este plano não é do passado, é um plano de futuro”, disse Lula ao defender o fortalecimento da agricultura familiar como eixo central de combate à fome e de promoção da soberania alimentar do país. O presidente lembrou que, no início de seu primeiro governo, o PRONAF se concentrava basicamente no Sul do país, mas agora alcança 100% do território nacional: “Se a gente não provocar o empresário a produzir máquinas do tamanho das pequenas propriedades, não adianta. Nosso objetivo é dar dignidade para quem planta e coloca comida na mesa do povo brasileiro”, enfatizou.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou que o novo Plano Safra destinará R$ 78 bilhões via PRONAF, representando aumento de quase 50% em relação ao ciclo anterior. Ele também frisou que os juros reais se manterão negativos, com taxas de 3% ao ano para produtos da cesta básica e 2% para produção agroecológica. “São juros de pai para filho”, brincou Teixeira, afirmando que dificilmente existe no Brasil financiamento tão barato.

Entre as novidades, foi instituído o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), atendendo a antigas demandas dos movimentos do campo para incentivar a agricultura de base biológica e agroecológica. Também foi regulamentado o Programa de Valorização da Sociobiodiversidade e do Extrativismo, que garante preço mínimo para produtos da sociobiodiversidade, como açaí, babaçu, castanha-do-brasil e pequi.

A cerimônia foi marcada ainda por relatos emocionantes de beneficiários. Vânia Marques Pinto, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (CONDRAF), afirmou: “O plano safra é fundamental porque garante a soberania alimentar e a segurança nutricional de várias famílias. É a possibilidade de ter comida com preço acessível e digno para quem produz.”

Já Romário Albuquerque de Lima, jovem agricultor de Águas Belas (PE), arrancou aplausos ao contar que começou a trabalhar aos oito anos transportando água em carroça de burro, e hoje, graças ao crédito fundiário, pode iniciar seu próprio projeto agrícola: “A esperança não morreu. Hoje posso dizer que sou filho da resistência, um jovem lutador e agricultor que vai contribuir para melhorar o país a cada dia.”

Durante o evento, Lula também assinou decretos e portarias para novas linhas de financiamento em irrigação com energia solar, melhoramento genético do rebanho leiteiro por transferência de embriões, regularização fundiária e ampliação do microcrédito orientado para mulheres e jovens. O objetivo, segundo o governo, é fortalecer a permanência das famílias no campo e reduzir desigualdades regionais, inclusive com mais assistência técnica e programas de comercialização direta.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aproveitou a solenidade para rebater críticas recentes de adversários do governo. “O senhor é o responsável pelo maior incremento de programas sociais da história. Herdamos 33 milhões de pessoas passando fome, e hoje já reduzimos esse número a menos de um quarto”, disse, dirigindo-se a Lula.

A expectativa do governo federal é que o pacote impulsione a geração de empregos no campo, melhore a renda dos agricultores e contribua para manter os preços dos alimentos em queda. Segundo dados apresentados no lançamento, cerca de 80% dos produtos básicos consumidos pelos brasileiros vêm da agricultura familiar, responsável por mais de 10 milhões de postos de trabalho e por movimentar a economia de 90% dos municípios com menos de 20 mil habitantes.

Para os movimentos sociais presentes, como o MST, a CONTAG, o MPA e o CONDRAF, o desafio agora é garantir que os recursos anunciados realmente cheguem aos agricultores de forma rápida e efetiva. “Não temos mais tempo para esperar. A hora é agora, e política pública boa é a que chega de verdade”, reforçou Vânia.

O Plano Safra 2025/2026 reafirma a aposta do governo Lula na agricultura familiar como motor de combate à fome, de estímulo à sustentabilidade e de geração de renda em todo o país.

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